Coisas que ando a ler...


O FIM DO ROMANTISMO OU ALGUMAS VERDADES (DESCONFORTÁVEIS) SOBRE O AMOR

Por Patrícia Barnabé (Revista Máxima).

Avida põe-nos constantemente perante perplexidades e o amor é a maior de todas. Os psicólogos dizem ser o mais desafiante objecto de estudo, mas a observação social é um manancial interminável. As relações espelham muito da evolução de mentalidades, ou o seu contrário. E se o Dia nos Namorados o pinta de cor de rosa e enche de corações, a verdade é que nem tudo são rosas.

Para quem cresceu entre contos de fadas, romances e os clichés das comédias românticas americanas, alguns moralistas outros apenas ingénuos, muito teve de desbravar. Fomos afunilados na imagem da família como o reduto único e último do amor. Quando, como escreve Tolstoi em Anna Karenina: "As famílias felizes são todas iguais". A família é adorável, a começar pela minha, mas a pressão social do modelo único esmagou os sonhos de muitas meninas - hoje sabemos que a família pode ser tantas, muitas, outras coisas. Claro que foi uma decepção perceber que não existem príncipes encantados, estava-se mesmo a ver, ou que os finais nem sempre são felizes. E agora que perdemos Christopher Plummer, o capitão Von Trapp de Música no Coração, o melhor é assumir que o romantismo foi vencido pela evidência.

Outra mentira que nos contaram foi que o amor tudo supera. O capitão Von Trapp ficou com a noviça Maria, mas não só ela era consideravelmente mais nova do que ele (um clássico quando eles chegam aos 40) como era muito prendada e sacrificial (outro clássico). E se ela fosse mais velha e escritora, por exemplo? E as suas origens humildes não pesaram na escolha porque é um filme; na vida real, os remediados casam com remediados e só ascendem socialmente se forem talentosos o suficiente para ganhar um status que compense. Um exemplo? Um bom actor casa com uma menina de família. De uma maneira geral, mais do que a inteligência, o carisma ou até a química, o nome e a fazenda valem sempre. Na verdade, só se começou a casar por amor no século XX, o que lançou a confusão numa instituição que, como todas, se quer à prova de bala. Mas foi quando se tornou interessante.

A magia primordial do encontro inescapável é para adolescentes? Sim e não. Mas é verdade que vamos desistindo pelo caminho: embrulhamos o amor num plano de vida, tornando-o funcional. A maioria faz uma lista mental de requisitos para encaixar um par – principalmente as raparigas que, como diz um amigo meu, "têm um plano" – que por sua vez tem de encaixar no modelo social vigente. O mesmo que se emoldura e pousa no móvel da sala sobre o naperon. Como fizeram os pais, e os pais antes deles. Tirando os raros, os que provam que o amor existe, os casais sobrevivem à custa de trabalho e cedência mútua, o que também é bonito, mas pode tornar-se muito pouco sexy. Sou só eu que detesta a expressão: "Este é o meu companheiro"?


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A boa notícia é que as novas gerações estão a sacudir isto tudo. A má é que o boy meets girl é, afinal, um girl meets boy. Elas parecem esforçar-se muito mais do que eles, e são as que mais aturam, aguentam e perdoam. Como sempre, como dantes. Para as mulheres, disse-me uma psicóloga de casais em entrevista, o amor é mais central e definidor, por questões históricas e sociais. Não há muito tempo, as elas definiam-se pelo homem que ‘conseguiam’ arranjar - e pela urgência de construir um lar. Ser solteirona é diferente de ser solteirão. Depois há a urgência dos filhos que leva a estratagemas ancestrais de sedução e enganos de que não vamos falar aqui agora. Mas quando o amor falha, são mais mulheres a considerar que a sua vida falhou. Eles são menos exigentes na escolha do par e mais preguiçosos nas relações, crianças mimadas pelo patriarcado, muitas vezes deixam-se amar e acomodam-se. E se tiverem um palmo de cara ou algum status depressa têm a seu lado um atento cão de guarda ou uma alcateia de pretendentes que não largam o osso. A mesma psicóloga diz que as mulheres são mais capazes de ‘loucuras’ por amor do que os homens; assim como eles são os primeiros a desistir se uma relação lhes parece dar trabalho - mesmo que ela seja do caraças.

Foram os rapazes que me ensinaram isto tudo: os amigos, porque cresci maria-rapaz, e os namorados mais ou menos consequentes. Felizmente existem os que fogem a sete pés da banalidade, o mundo evolui - mas a maioria não topa da missa a metade. São séculos e séculos a relaxarem um músculo que elas treinaram exemplarmente: se eles mandavam na rua, elas mandavam em casa. Uma vez um amigo meu, que até calha ser giro, disse-me: "Pat, já nem consigo seduzir, para qualquer lado que me vire há sempre uma miúda disponível!" Rimo-nos muito, mas não tem graça nenhuma para as poucas que nunca quiseram jogar esse jogo.

Resumindo: eles já não nos escolhem para dançar no baile, já nem existem bailes, não fazem serenatas debaixo da nossa janela ou escrevem cartas ou canções de amor - o trabalho todo parece sobrar, mais uma vez, para nós. Não paramos de acumular funções desde que começámos a votar e, sem dar por isso, tornámo-nos nas nossas piores inimigas. Vêem-se mais mulheres a competir pelo macho, do que homens a competir pela fêmea como sempre foi costume no reino animal.

Outra coisa que aprendi, a mais importante e sensacional, é que não existe um amor da vida ou para vida, embora existam pessoas maiores ou que mexem mais connosco - valha-nos essa verdade. A austríaca Marie von Ebner-Eschenbach diz existirem "mais mentes educáveis que corações educáveis" – e há os que escapam às malhas do socialmente correcto. Assim, os amores sucedem-se com a cadência da sorte e do desencontro e trazem-nos camadas diferentes de magia e quotidiano. É a experiência humana que mais nos devolve o que somos, as nossas forças e as nossas fragilidades, as grandezas e as manias – faz-nos crescer. Se sobrevivermos à pandemia, que tem sido um bom exercício de humildade e geografia emocional, será que a ideia de Apocalipse nos devolverá o romantismo depois da era descartável das redes sociais? Se o mundo precisa de heróis, o amor precisa ainda mais – e merece mais liberdade, dedicação, respeito, ombro a ombro como deve de ser. Merece que o tratemos melhor.

Melania Trump despede-se da Casa Branca com apelos ao amor e à paz...

 

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Também Melania, verdade seja dita, tu agora com os teus lindos 50 anos de idade e depois de desperdiçar 20 dos teus melhores anos "casada" com o machista e xenefobista Trump, aquele que também ficou conhecido por ser o presidente da América mais palerma da história, é natural que neste momento estejas extremamente carente de amor, mas também de sexo, sem ser o geriátrico que já conheces...

João Félix e os comentários nada clementes....

 O treinador espanhol Javier Clemente, que já comandou o Atlético de Madrid, comentou o comportamento de João Félix quando foi substituído no dérbi do fim-de-semana passado.

«João Félix é jovem. Em Portugal era titular mesmo que jogasse descalço, mas aqui ainda tem de se impor, está muito molinho ainda»


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E eu digo-te mais Javier Clemente. Em Portugal, e mesmo a jogar descalços, continua a ser possível produzir jogadores que mais tarde vão ser comprados pelos burros dos espanhóis por 126 Milhões de Euros...

Era só isso...

Uma frase marcante para abrir o dia...

 

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TRUMP SOBRE ELEIÇÕES EUA: "É UMA FRAUDE. NÓS GANHÁMOS ESTA ELEIÇÃO"

Donald Trump reagiu aos primeiros resultados das eleições norte-americanas. Numa declaração aos eleitores, depois do fecho das urnas, o candidato Republicano disse que o Partido Republicano ganhou as eleições e falou numa "fraude para o público americano".

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Ora vejamos....Não sei quem irá vencer as eleições na América. Por mim pode ser tanto o Trump como o Biden porque ambos parecem ser dois morcões. Acho que o Partido Democrata quis fazer um favor ao Partido Democrata quando nomeou o Joe Biden para concorrer às eleições. Acho que, se calhar, quiseram equilibrar a balança e tornar essa disputa mais justa, colocando frente à frente dois candidatos quase similares. Um já provou ser um perfeito idiota enquanto que o outro só lhe falta dar provas disso. Ou então, como a figura de Trump era muito controversa, acharam ter visto ali uma oportunidade para pagar a divida de gratidão para um homem que deu imenso ao seu partido, mas que não tinha charme suficiente para candidatar-se à Casa Branca. Esta última ideia até faz mais sentido. Trump é um presidente tão mau, que qualquer burro que seja consegue tirar-lhe o lugar sem grande esforço. Poderia desenvolver mais este tema, mas não tenho nem tempo nem pachorra para isso. A mim tocou-me sobretudo uma frase marcante dita por Trump que abriu todos os sites de noticias desta manhã. E a única coisa que podemos deduzir dela é que, segundo o "Pato Donald", estas eleições são uma fraude para o público americano, já que, aparentemente, foram ganhas por ele....

Este tipo nunca mais aprende. De cada vez que abre a boca, provoca um terramoto que se estende desde a Washington até ao Monte Rushmore. É que, por mais rico que seja, há coisas que simplesmente nenhum dinheiro do mundo consegue comprar. Inteligência por exemplo...

Luís Filipe Vieira voltou aos treinos no Seixal...

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Terminadas as eleições no Benfica, que, é muito justo dizê-lo, teve o mérito de ganhar por grande margem, Luís Filipe Vieira parece agora completamente determinado em ver cumprir pelo menos uma das intermináveis promessas que ele já logrou fazer aos benfiquistas, a de tornar o Benfica novamente Tetracampeão e ganhar uma competição europeia nos próximos 4 anos que se avizinham (mas sem "bébés do Seixal" desta vez), antes de terminar aquele que afirma ser o seu último mandato à frente do clube das águias. Para o efeito, achou de todo apropriado equipar-se à jogador, com um calção e uma camisola do clube, e até mesmo as suas sapatilhas preferidas, para mostrar aos mais novos que os mais velhos, ao contrário do que se pensa, na área do desporto não servem apenas para mijar nos sapatos e podem perfeitamente fazer umas flexões, dobrar os joelhos, e levantar as pernas no ar, sem que o seu treinador pessoal tenha que levar com os seus peidos nas fuças. Sei que todo este esforço pode parecer à partida um bocadinho desapropriado, e senão mesmo inútil já que este senhor nunca na sua vida poderia entrar em campo para ajudar a equipa a ganhar jogos, logo, qual seria a utilidade destes treinos físicos? Mas convido os leitores deste blog a pensar um bocadinho fora da caixa e analisar esta situação num sentido bem mais prático. Com tantos processos que, presentemente, o Luís Filipe Vieira enfrenta na justiça portuguesa, por um questão de cautela, é natural e compreensivelmente conveniente que ele procure ficar em forma já que nunca se sabe a necessidade que poderá vir a ter um dia, de correr para fugir à polícia...

Que estranha maneira de voltar ao ativo...

 Estava agora a ver o jogo de futebol na TV entre o Marítimo e o Nacional e lembrei-me de partilhar um pormenor bastante intrigante e quiçá curioso com a minha secreta legião de fãs (tão secreta que até nem eu conheço) que, coitadinha, desespera silenciosamente pelo meu regresso ao ativo...


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Tem 20 anos, é português, joga na equipa insular como médio-centro, e há quem desconfie que ele seja filho bastardo do famoso cantor Tony Carreira.

Chama-se Pedro Pelágio mas os seus amigos e colegas de equipa preferem chamá-lo de P'lágio...

No 1º de Maio, o trabalho está sempre no caralho.

Ontem, ou melhor, anteontem, festejamos o 1º de Maio, também conhecido internacionalmente como o "Dia do Trabalhador". Mas, não obstante tudo aquilo que possa ter sido ou ainda seja dito a favor desse dia, para mim ele não passa de um embuste e continua a representar a maior contradição criada pelo homem em matéria de feriados. Nesse dia, acho que, por uma questão de bom senso, seria suposto vermos o mercado laboral trabalhar em força e cada empregado ver-se confrontado/desafiado a trabalhar 2 ou 3 vezes mais do que o habitual já que o termo "trabalhador" referencia sobretudo todo aquele que vive do seu trabalho, o que, em qualquer país europeu democrata como o nosso, excepto Portugal, também quer dizer que quanto mais trabalho produzirmos mais dinheiro teremos a possibilidade de ganhar. Mas em vez de podermos demonstrar de que raça trabalhadora somos (ou fomos) feitos, vejam só o que a lei nos convida a fazer. Disse convida? Obriga! Decreta um feriado para ficarmos todos em casa na pastelice, sem podermos fazer porra nenhuma sem ser esvaziar a dispensa ou as duas primeiras prateleiras de cima do frigorífico (onde por norma costumamos deixar as porcarias que mais fazem mal à saúde), para depois ficarmos alapados no sofá a ver filmes e séries na TV, excepto alguns sortudos de nós, que, na falta de melhores ideias, decidem fazer sexo tórrido e quase animalesco com a sua vizinha do lado esquerdo (para quebrar um pouco a rotina de não ser sempre o lado direito) enquanto a sua "chérie" vai se entretendo com as roupas e as limpezas da casa, mas não eu, podem ficar descansados, porque a única vizinha que tenho vive a 2 milhas de mim e tem um sorriso que faz quase lembrar um código de barras. Enfim, se algum dia alguém quiser trazer alguma justiça para este mundo, talvez no futuro este dia seja conhecido como o dia do mandrião, do gandaieiro, do malandro ou do calaceiro, mas dia do trabalhador é que não pode continuar a ser. Nunca, jamais na vida. E o pior é que todo este movimento de forças está a destruir a reputação de homens conceituados, íntegros, valiosos e verdadeiros trabalhadores como eu, que, para não parecermos fascistas nem trabalho-dependentes revoltados contra o sistema, somos forçados a não fazer a ponta de um corno o dia todo (e às vezes também à noite) só para demonstrar que estamos perfeitamente inseridos na sociedade.

25 de Abril e a liberdade que (dizem) ainda temos mas que já deve estar por um fio.

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Dizem que hoje é 25 de Abril e que, neste dia, em Portugal, se festeja o dia da liberdade. Dizem que hoje é feriado nacional e que, ainda que isso possa parecer-me um pouco extraordinário, algures no nosso pequeno território há quem ainda sinta a vontade genuína de celebrá-lo. Dizem que foi neste preciso dia que, num passado não assim tão distante, mais concretamente em 1974, o Movimento das Forças Armadas (MFA) pôs em marcha uma revolução militar que colocou um fim à ditadura Salazarista que já durava há mais de 40 anos. Dizem que foi uma revolução pacifica, que não originou nenhum derramamento de sangue e que esse factor foi determinante para que essa revolução ficasse conhecida como a "Revolução dos cravos". Dizem que a canção "E depois do adeus" cantada pelo Paulo de Carvalho, foi transmitida às 22h55m do dia 24 de Abril de 1974 pelos Emissores Associados de Lisboa como forma de código/senha para que fosse dada a ordem para as tropas ficarem mobilizadas e preparadas para atacar mal fosse dado o sinal efectivo de ataque, que, por sua vez, chegou até elas através da canção "Grândola, vila morena" cantada pelo Zeca Afonso que seria transmitida à meia noite e vinte minutos e dezoito segundos do dia 25 de Abril de 1974 pela Rádio Renascença. Dizem que Otelo Saraiva de Carvalho foi o comandante operacional da revolução que liderou todas as operações à partir do quartel da Pontinha e dizem que Salgueiro Maia foi o capitão que liderou a coluna militar de tanques que marchou de Santarém para Lisboa. Dizem que na altura dos factos o Presidente do Conselho de Ministros do Estado Novo, que sucedeu a Salazar em 1968, era o Prof. Marcello Caetano e dizem também que ele nem sequer era má pessoa. Muitos, inclusive, dizem...que ele era um homem muito excepcional. Por fim, dizem que o presidente deposto refugiou-se no quartel do Carmo mas acabou por render-se logo no 1º dia e que os destinos da nossa nação foram entregues ao General António de Spínola - que não era tão excepcional - e que, por ser tão bom presidente, desistiu deste cargo nem passados 4 meses depois. Dizem que aconteceram todas essas coisas e mais algumas que não mencionei aqui, mas confesso que, a cada ano que passa, sinto cada vez mais dificuldades em relembrar-me de tudo isso, de tal modo este acontecimento histórico se vê coberto pela indiferença e pelo manto do esquecimento de toda a Nação Portuguesa. Não sei a quem pertence a maior fatia da culpa, se é das escolas e do seu modelo de ensinamento que a cada dia que passa revela cada vez mais a sua tremenda ineficácia, se é dos pais e da educação que não são capazes de dar em casa, se é da Assembleia da Republica e das leis que não são capazes de aprovar por falta de entendimento ou do Governo e das politicas sociais que não ousa colocar em prática por medo da agitação social que isso possa criar, apenas sei que por este caminhar qualquer dia as gerações mais novas ainda vão entoar, que nem as músicas de um trovador numa praceta, que o 25 de Abril foi executado pelo Salazar para derrubar o governo do Spínola. Na sondagem realizada pela Pitagórica, que o Jornal de Noticias (JN) publicou hoje, já se tornou possível perceber o quão desligada a sociedade já mostra ser sobre todos os contornos deste assunto e de todas as verdades que o esforço de Abril deixou-nos em forma de herança, por ter libertado uma nação inteira do seu sofrimento, a única verdade que perdura hoje é que...temos feriado e, feito bem as contas, já só isso nos importa.