Olá...tu...coiso...

- Olá Rui.
- Olá Manel.
- Ei! eu não sou Manel!
- Pois, nem eu sou Rui...
- Desculpa lá Tone...
- Não faz mal João.
- Também não sou João!
- Nem eu sou Tone...sou Miguel.
- És Miguel? não eras Francisco?
- Ah!..afinal até sabias...Zé...

Sobre o Black Friday...

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- Black Friday...
- Black Saturday...
- Black Sunday...
- Black Monday...
- Black Tuesday..
- Black Wednesday...
- Black Thursday...
- Black Weeks...
- Black Months...
- And black years...

Toda a minha vida tem sido "black" e nem sequer vivo em África...

Já dizia o Tone...

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Para uma mentira ser segura
E atingir profundidade
Deve trazer à mistura
Qualquer coisa de verdade.

(António Aleixo, 1899-1949)

As caixas malvadas...

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- Rita, presta mais atenção à linha por favor que estão a passar muitas caixas viradas ao contrário.
- Estou atenta Sr. Francisco, esteja descansado, mas olhe que ainda só deixei escapar uma caixa sem virar!
- Acredito em ti, Rita, mas o problema não foi essa caixa...foram as outras cinco caixas brincalhonas que viram tudo e quiseram virar-se sozinhas ao contrário para ficar igual a ela...


(Ps: Esta é uma das 5 principais razões porque ninguém gosta de trabalhar comigo. Qualquer dia revelo quais são as outras quatro...)

Preciosidades da CMTV...



Há quem tenha o hábito de dizer que velhos são os farrapos...e recentemente o nosso "velhote" José de Sousa Cintra teve a oportunidade de demonstrar, ainda que involuntariamente e à boleia da CMTV, que, apesar de contar já com 74 anos, ele ainda continua muito preparadinho para as curvas...

Ou então talvez não. Talvez a intenção da CMTV fosse apenas colocar os ataques de Alcochete em grande evidência e enfatizar certas intenções camufladas na atitude de alguns membros da claque Juve Leo - que foram entretanto presos -, quando no passado mês de Maio estes decidiram entrar na academia leonina para foder aquela merda toda...

Paella de Frango

(Post em modo "repeat" retirado do blogue "As receitas do Pensador")

Já vos mostrei comida portuguesa, italiana e francesa, e porque não darmos agora uma pequena volta por terras de "nuestros hermanos"? Há um prato espanhol que me encanta particularmente. A Paella. Em casa, costumo fazê-la em 3 variações distintas. Uma vez é Paella de frango, outra é Paella de coelho e porco, e , por fim, a belíssima e maravilhosa Paella mista de marisco. Escusado será dizer que a escolha da Paella a fazer é sempre feita em função do apetite e dos dinheiros que entram cá por casa. Se estivermos mais "apertados" come-se frango, se estivermos mais "folgados" come-se marisco. O meu truque, e o de milhares de portugueses suponho, é ficar constantemente atento às promoções. Assim, quando vou ao Lidl, Minipreço, Continente ou Pingo Doce, por exemplo, e apanho uma promoção na secção do marisco, aproveito sempre a oportunidade para fazer a versão que mais aprecio. Mas porque sei que as probabilidades jogam sempre mais a favor de haver mais pobres do que ricos no mundo, para os visitantes do meu blog vou deixar aqui a versão que considero mais económica. Bendito seja o frango...e o dia em que o saldo da minha conta bancária tiver mais do que 3 dígitos do lado esquerdo da virgula!

Escusado será também dizer que tentar fazer uma Paella sem ter uma "Paellera", é como tentar fazer um jardim sem meter lá flores.

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Ingredientes para 4 Pessoas:

- 4 colheres (sopa) de azeite
- 1 frango médio cortado em pedaços pequenos
- 200 gramas de feijão verde
- 1 colher de chá de pimentão doce
- 1 lata de tomate pelado
- 1/2 colher (sopa) de açafrão das índias
- 4 chávenas (chá) de arroz
- Pimentão verde cortado em tiras finas
- Pimentão vermelho cortado em tiras finas
- Sal e pimenta q.b.

Preparação:

Coloque o azeite numa "paellera" ou, caso não tenha, numa frigideira larga e funda e deixe aquecer um pouco. Junte os pedaços de frango, salpique-os com um bocadinho de sal e pimenta e frite-os por cerca de 30 minutos, mexendo de vez em quando para que possam fritar por igual.
Corte o feijão verde em pedaços de 3 a 4 cm e acrescente-os ao preparado de frango. Refogue tudo por mais 5 minutos. Entretanto triture a lata de tomate pelado com a varinha mágica e reserve de lado. Com a ajuda de uma espátula, coloque o preparado de feijão e frango para as bermas da paellera, abrindo um pequeno espaço no centro. Nesse espaço adicione o tomate triturado e o pimentão doce e deixe fritar mais 5 minutos sem envolver o frango. De seguida, envolva tudo e acrescente água até (quase) encher a paellera ou cobrir o frango. Cozinhe em fogo alto por 20 minutos, tendo o cuidado de colocar o açafrão e rectificar o sal a meio desse tempo.
Acrescente o arroz aos "punhados" (Cada punhado representa o equivalente a uma pessoa), dispersando-o na paellera em forma de cruz (2 na vertical e 2 na horizontal). Espalhe um pouco o arroz que tenha ficado à tona da água, espalhe uniformente as tiras de pimentão verde e vermelho e deixe cozinhar em fogo médio entre 10 a 15 minutos minutos.
Quando a água começar a secar, deixando "buraquinhos" na superfície do arroz, desligue o lume, tape tudo com folha de alumínio e deixe o arroz repousar cerca de 5 minutos para que possa recozer.

Et voilà, bon appetit!


Sentiram saudades minhas?

Sim, eu sei, nos últimos dias as coisas andaram um bocadinho adormecidas por aqui e parecia não haver maneira de combater esta sonolência que me assolou. Gostava de poder explicar este fenómeno de uma forma que pudesse parecer-vos inteligente mas infelizmente para mim, isso de ser "Pensador" não tem sido de grande ajuda e, apesar de pensar bastante, e por vezes até de forma acertada, infelizmente para mim parece-me também bastante evidente que me tem faltado a parte melhor da história, que é...a inteligência, pois claro. Fica assim provado que a quantidade não mantém nenhum principio de proporcionalidade com a qualidade, mas descansem que guardo sempre um trunfo na manga e, na falta de melhor, quando me vejo apertado acabo sempre por inventar qualquer coisa tão rebuscada (que nem eu percebo) que facilmente acaba por passar por algo inteligente.

Senão vejamos...

De acordo com os dados estatísticos que a Net se farta de revelar a toda a hora (ia dizer cagar mas como vocês bem sabem eu não alinho nessas brejeirices), consta-se que os blogues só conseguem sobreviver, em média, cerca de 2 anos. Não sei dizer se esses dados serão verdadeiros porque a verdade sempre foi um principio demasiado subjectivo para ser levado em conta (a verdade que eu vejo não é a verdade que muita gente vê) mas quero confiar que o sejam, até porque o surgimento deste fenómeno está muito longe de ser uma daquelas coisas que, por norma, temos dificuldade de explicar. Sempre vi o mundo dos blogues como uma espécie de diário pessoal, no qual temos a possibilidade de escrever todas as parvoíces que julgamos importantes já que caracterizam de alguma forma algumas partes da nossa vida, com a diferença de ganhar uma dimensão muito mais virtual. Como sabem, os diários pessoais costumavam ser aqueles espaços privados onde as pessoas escreviam os seus desabafos, ódios e frustrações, mas aquilo que seria suposto ser apenas uma qualidade acaba também por ser o seu maior defeito. É privado sim, mas infelizmente para ele...tem o problema de ser demasiado, e, ainda que isso seja feito de forma anónima, aquilo que as pessoas realmente pretendem é poder contar todas as suas misérias ao mundo fazendo de conta que estavam a contar tudo isso só para elas, porque se a verdadeira intenção não for o diário ser encontrado por alguém, que possa lê-lo e divulgá-lo, que piada teria escrevê-lo? E é por isso que, normalmente, quando alguém inicia um diário (digital neste caso) as ideias parecem surgir espontânea e torrencialmente, que nem as chuvas de Outono, cuja intensidade só se equipara às cataratas do Niagara. As palavras saem com toda a fluidez, o ego cresce à medida que o número de visitas for aumentando e o mundo da blogosfera fica enriquecido com mais um espaço interessante para descobrir, já que, cada individuo representa por si só um mundo novo ansioso para ser descoberto. Enfim, em teoria tudo isso é muito bonito e só faltará o arco-íris e os elefantes a saltar de flor em flor, mas infelizmente existe um grande senão nesta história...que é aquele momento em que já cagamos tudo e dá-nos a porra de uma branca. (olha, afinal fui brejeiro!).

Acho que todo o ser humano deve conhecer muito bem esta sensação e acredito que não deve haver blogger nenhum à face da terra que já não tenha enfrentado este problema pelo menos uma vez durante a sua digital existência. Há um momento  na nossa vida em que sentimos simplesmente que esgotamos todas as nossas ideias e que já não temos mais nada para dizer ao mundo. Dá-nos assim tipo uma "apagão"psicológico, percebem? um bloqueio da mente ou até mesmo a inquietante sensação de termos o cérebro vazio. Se calhar, dentro de nós, continua a existir muita coisa que ansiamos deitar cá para fora, nem que seja apenas asneira, mas falta-nos a paixão, vontade ou força anímica para o fazer, e, por força disso, as palavras não conseguem saltar para o teclado e acabamos por não dizer nada. Parecemos atacados por uma espécie de letargia espiritual, que muitas vezes também gosto de chamar de "preguicite aguda". Enfim, ao longo da minha digital existência (gostei deste termo e já por isso decidi aplicá-lo novamente), que, caso não saibam, foi iniciada em 2007 depois de muitos shots metidos na tripa e um encontro amoroso mal sucedido que fez-me confundir a Lili Caneças com a Cristina Ferreira, já conheci essa sensação por duas ou três vezes, que resultaram sempre num desaparecimento temporário do mundo da blogosfera. Primeiro, talvez resultado de algum fastio ou cansaço cerebral, desapareci em meados de Fevereiro de 2009 e só voltei no mês de Julho do ano seguinte. Depois, durante cerca de um ano mantive-me por cá e brindei o meu público com textos de inegável valor literário que, verdade seja dita, talvez apenas José Saramago consiga suplantar, e um sentido de humor terrivelmente delirante que muita gente diz ser único e sem igual (cuja esta minha última referência a Saramago poderá facilmente comprovar), para depois voltar a desaparecer, desta feita por razões de saúde que foram devidamente explicadas aqui e aqui, e ressuscitar passado outros dois anos. A partir dai, nem eu sei como é possível explicar isto. Escrevi um único post, que, modéstia à parte, deve ter sido das coisas mais lindas que escrevi e prometia anunciar o meu regresso em grande - fazendo com que toda a gente já rejubilasse de alegria -, mas estranhamente acabei por não publicar mais nada e desapareci logo depois. Voltei passado 4 meses para satisfazer o maior momento epifânico que tive o desprazer de sentir até hoje e que levou-me a publicar esta porcaria e paff...voltei a sumir que nem aquelas bananas que certos presidiários conseguem fazer desaparecer no rabo quando se sentem aborrecidos por detrás das grades e estão armados em mágicos. Felizmente depois disso consegui reaparecer...3 anos e alguns meses depois (mais ano, menos ano)...e desde então tenho conseguido manter-me por cá. Tem graça mas agora que tive a possibilidade de contar melhor, apercebo-me que afinal não foram duas nem três mas sim quatro as vezes que desapareci, o que não tem relevância nenhuma para quem me lê, mas como eu sempre fui viciado em pormenores que só interessam à quinta pata do burro que costuma aparecer no presépio para aquecer o menino jesus, achei particularmente importante mencionar isso. Se ficarem confusos e tiverem alguma dificuldade para acompanhar a minha linha de raciocínio, façam de conta que sou o "orelhas" do Benfica quando ele aparece na televisão a pedir ao mundo do futebol para que haja mais verdade desportiva. Bem, verdade seja dita, talvez este não tenha sido o melhor exemplo, já que...até eu acabei por baralhar-me. Luís Filipe Vieira e verdade desportiva são coisas que não costumam ligar muito bem. Aliás, fiquei tão baralhado que já nem sei porque razão lembrei-me de escrever este post, e quando alguém já não sabe o que há de dizer mais vale ficar calado. Fui.

Ps: Mas quem me manda a mim falar do Benfica? Talvez me lembre do resto amanhã... :)

A fraca sorte de ser pobre...

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Vejam lá bem a minha sorte. Não foi "amor à primeira vista", nem paixão tão pouco, mas foi um pequeno interesse que com o passar do tempo, e contra todas as previsões, germinou dentro de mim, ganhou raízes, cresceu, e acabou por tornar-se bem grande. No ano passado, quando tomei contacto com o jogo do PLACARD pela 1ª vez, confesso que não senti nenhum encanto e demorei até algum tempo a perceber de que modo funcionava o mundo das apostas desportivas. Quem, como eu, estava habituado a gastar 2 euros e sujeitar-se a ganhar no mínimo 15 milhões de euros no Euromilhões, não achava lá grande piada à ideia de gastar dois euros para ganhar apenas cinquenta. Que raio faço com 50 euros? pensava eu muitas vezes. Foi só depois de ler um estudo na internet que indicava ser 7 vezes mais provável alguém ser atingido por um raio de trovoada na cabeça do que ganhar o primeiro prémio do Euromilhões - cuja taxa de probabilidade de acerto situa-se nos 0,00000086% - é que acordei para a vida e cheguei à mais óbvia das conclusões. Os prémios eram bem menores porque as probabilidades de ganhar eram muito maiores, logo, se em vez de jogar apenas 2 euros apostar 10, em vez de 50 também poderei ganhar 250, o que passa a ser interessante. Assim, como mais vale um pássaro na mão do que 50.000 a voar, experimentei jogar uma vez e acabei por dar-me...muito bem. Não, não é nenhuma tanga, tenho mesmo muito jeito para a coisa. Tanto jeito que, logo que comecei a jogar, em apenas mês e meio conseguir ganhar mais de 1500 euros. Era cada tiro cada melro. Fiquei tão feliz que cheguei mesmo a pensar fugir para o Brasil e casar com uma brasileira de bundinha gostosa e peitos grandes mas depois dei-me conta que, apesar de parecer muito, aquele dinheiro mal chegava para pagar o bilhete de avião. Dava só para uma viagem de ida, creio eu, mas depois ficava completamente teso, e para conquistar uma brasileira tinha que investir pelo menos numa picanha com arroz de feijão. Ainda assim senti-me tentado, mas depois de acertar algumas contas e pagar alguns calotes que estavam aqui a arranhar-me os pés, percebi que nem à Figueira da Foz conseguia ir quanto mais ao Brasil. Mas porque já me chega de lembranças tristes, voltemos a falar do nosso assunto principal. Aquele período durante o qual ganhei 1500 euros foi sem dúvida nenhuma aquele onde senti o meu maior fulgor e desde aí tenho tido sempre sorte nas apostas que faço, embora os meus ganhos passaram a ter uma expressão muito mais humilde. Todos os meses, depois de fazer o cômputo entre o que foi ganho e gasto, em média sobra-me sempre pelo menos uns 50 ou 100 euros. Houve uma altura em que considerei seriamente fazer um blog no qual colocaria todos os meus palpites/prognósticos para que outras pessoas também pudessem beneficiar da minha sorte mas depois voltei a ser fustigado por uma conclusão muito óbvia. Para que os outros pudessem beneficiar da minha sorte eu teria que levar com o azar deles e, em vez de continuar a ganhar, era natural que entrasse também eu numa grande maré de azar e acabasse por fazer papel de idiota, o que eu odeio particularmente. Mas não sei, como eu tenho uma forma de estar na vida quiçá estranha, pode ser que um dia faça mesmo isso nem que seja apenas para meter nojo ao destino ou até simplesmente a mim próprio. Não faz sentido, pois não? pois não, dai a "forma de estar na vida quiçá estranha"...

Bom, e este patuá todo para contar-vos exactamente o quê?
Acontece que este fim de semana, aqui o je decidiu fazer a sua aposta desportiva seguindo o mesmo ritual que se repete desde há 60 semanas para cá, tendo tido a genialidade de registar a chave seguinte:

- Vitória ou empate do Bórrusia de Dormund sobre o Bayern (resultado 3-2)
- Vitória do Leipzig sobre o Leverkusen (resultado 3-0)
- Vitória do Atlético de Madrid sobre o Atlético de Bilbau (resultado 3-2)
- Vitória do Real Madrid em casa do Celta de Vigo (resultado 2-4)
- Vitória do Alavés sobre o Huesca (resultado 2-1)
- Vitória do Benfica em casa do Tondela (tremi o jogo todo mas o resultado ficou 1-3)
- Vitória do Sporting sobre o Chaves (chorei o jogo todo mas um penalti fantasma ditou um 2-1)
- Menos de 2,5 golos no jogo entre o FC Porto e o Braga (estava a pensar num 0-0 mas ficou 1-0).

Já sei o que vão dizer-me. Eu sei que o Dormund esteve a perder por duas vezes e conseguiu empatar para depois ganhar nos minutos finais; que o Atlético de Madrid esteve a perder por duas vezes, empatou o jogo a 10 minutos do fim e depois arrancou a vitórias nos descontos; que o Alavés também esteve a perder e viu-se à rasca para ganhar o último classificado da Liga Espanhola; que o Benfica precisou de um golo em fora de jogo do André Almeida para inverter o marcador contra o Tondela; que o Sporting precisou de um penalti fantasma ao minuto 88 para vencer o Chaves e que o Braga mandou 2 bolas à trave da baliza no jogo contra o FC Porto, o que estragaria aquela cena do menos dois golos e meio...e nunca disse que não era uma questão de sorte mas a meu ver esse factor, para além de não ter sido para aqui chamado, dada a sua importância tão diminuta nem sequer devia ser mencionado. A única coisa que conta verdadeiramente é que tinha a intenção de apostar 20 euros e com eles teria ganho 927 euros e sessenta cêntimos se o tivesse feito, mas como tenho a mania de me armar sempre em pobre, achei por bem apostar apenas 10 euros por causa do Benfica (jogo de grande risco contra o Tondela) e queimei os outros 10 em gasolina no carro (queimei o dinheiro mas não literalmente, e muito menos em gasolina, entenda-se, quer apenas dizer que gastei 10 euros a meter gasolina no carro), o que fez-me ganhar a módica quantia de 463 euros e oitenta cêntimos. Já viram bem o meu azar? Para muita gente ter um carro é um sinal de abastança e boa sorte na vida mas este fim de semana o cabrão do meu acabou por causar-me um prejuízo de 400 e tal euros. Ora, isso não se faz...

Essa maldita sorte de ser pobre! :)

Contra a força...não há resistência...

Dizem que o Sporting de Braga mantinha um registo imaculado, e afirmava-se a passos largos como um potencial candidato ao titulo, já que ainda não tinha perdido contra ninguém esta época...

Pois não, mas isso também só estava a acontecer porque ainda não tinham apanhado o FC Porto pela frente...

Temos dó, temos pena...mas sobretudo, temos o Octávio e o Tiquinho Soares, que atravessam ambos - presentemente - uma forma estonteante, mas também admito que tivemos muita sorte e o golo da vitória ao minuto 88 acabou por ser uma grande prova disso.

Contra a força não há resistência...e o nosso Dragão tem uma força assustadora... :)))

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A soberba de ser grande...

"...O grande mal do benfiquismo é procurarem a todo o custo transmitir essa imagem falaciosa de serem homens honrados, bons pais e chefes de família, mas por vezes fazem-no com tanto entusiasmo que acabam por perder a honra e maltratar a família..."

Há alguns anos atrás, o Olympique De Lyon, liderado pelo fantástico e inigualável brasileiro Juninho Pernambucano, conquistou o inédito sétimo titulo - consecutivo - da sua história, tornando-se assim o primeiro clube francês a conseguir o feito de sagrar-se Heptacampeão Nacional, mas para os franceses passou a ser bastante consensual (e sei disso porque também estive lá e presenciei tudo) que o futebol francês estava nitidamente a morrer e que era preciso fazer algo para salvá-lo dessa tenebrosa fatalidade. Mais recentemente, ou, para bem dizer, mais concretamente este ano, quando para o espanto de todo o mundo o jogador português Cristiano Ronaldo decidiu trocar o Real Madrid pela Juventus, na Itália a sua chegada foi encarada como uma verdadeira oportunidade para o futebol daquele país se reerguer e recuperar todo o prestígio, audiências e interesse internacional que gozava até os anos 90 mas que acabou por perder-se nas últimas décadas, culminando nessa frustrante e fastidiosa monotonia de ver o clube de Turim sagrar-se também ele Heptacampeão Nacional (e já bem encaminhado para ser Octacampeão) sem que na Itália exista quem possa fazer-lhe oposição ou um concorrente suficientemente capaz de competir contra ele afim de quebrar esse ciclo vitorioso. Agora, porque Portugal sempre foi um reconhecido e incorrigível país de imitadores no que toca à toleima e burrice, surgiu agora o nosso bem conhecido Luís Filipe Vieira (LFV), presidente do Benfica a tempo inteiro e cómico em part-time, a revelar perante os seus associados que o "Benfica estava-se a preparar, nesta próxima década, para dominar o futebol português". Ou melhor dizer, tal como aconteceu na França e depois na Itália, o Benfica estava também a preparar-se para destruir o futebol português. E porquê dizem vocês? Muito simples. Seja qual for o país, não há nada de mais aborrecido e destrutivo para a imagem de qualquer modalidade desportiva do que ver sempre o mesmo clube a ser campeão todos os anos. Como é que eu sei? Porque sou um adepto simpatizante do FC Porto e bem sei aquilo que a conquista do Pentacampeonato me pareceu. Até o Tri foi bastante alegre e delicioso mas depois era como se já não existissem adversários à altura. Como se já fosse tudo favas contadas. Já não dava pica.
A triste realidade é mesmo essa. Quando um clube começa a ganhar vários anos seguidos o titulo de campeão nacional, a única imagem transmitida para o exterior é que naquele país já não existe um panorama competitivo. E onde não houver competição entre clubes, também não existe paixão. E onde não houver paixão, também não se gasta dinheiro, tornando-se um mercado pouco atraente para os investidores. Parece-me ser por isso bastante insensato e uma perfeita loucura que um clube queira exercer esse género de domínio naquela que é considerada a mais importante e rentável modalidade desportiva do nosso país. Ver o Benfica Heptacampeão de Portugal? Conseguem imaginar algo mais aborrecido? o Benfica só poderá realmente crescer se os clubes "rivais" forem igualmente grandes. Mesmo que houvesse (que duvido muito) 6 milhões de benfiquistas entre nós, acho que o tédio gerado seria tão grande que, no final, se calhar, uma parte muito expressiva já passaria a torcer pelo Sporting ou pelo Porto, só para que a Liga pudesse voltar a ganhar vida. E quem é que poderia aturá-los? O grande mal do benfiquismo é procurarem a todo o custo transmitir essa imagem falaciosa de serem homens honrados, bons pais e chefes de família, mas por vezes fazem-no com tanto entusiasmo que acabam por perder a honra e maltratar a família. Por isso, para o bem de todos nós, bons amantes do futebol, oxalá o LFV nunca consiga concretizar o seu objectivo. É verdade que no passado ele também disse-nos que se demitia se o Benfica não conseguisse chegar ao ambicioso número de 300 mil sócios e depois, mesmo não tendo conseguido,  negou-se a sair e acabou por ficar lá, fazendo com que a sua palavra passasse a valer muito pouco a partir daí, mas, ainda que isso seja contra a natureza da minha cor clubística, prefiro mil vezes que ele consiga cumprir a sua palavra de sair do Benfica apenas quando este fosse campeão europeu, porque o bom disso acontecer é que voltariam a colocar a fasquia bem alta e isso puxaria os outros clubes "grandes" a serem melhores do que hoje são para almejarem a ser campeões igual. E é este tipo de espírito que o nosso futebol sente falta e precisa realmente. Todos únicos, todos diferentes, todos adversários, todos sem igual, mas sempre competidores, sempre rivais, sempre todos a rumar para o mesmo lado, estimando aquilo que é nosso, e é de todos, para que no futuro o futebol português possa vir a ser melhor do que todos os outros.

Ps: Na hora em que escrevo este post o Benfica acaba de perder em casa contra o Moreirense por 3-1 talvez em jeito de prenda pelos 15 anos que o Luís Filipe Vieira está à frente do clube. Por isso, talvez também seja chegada a altura do "benfiquismo" perder um pouco da sua soberba, abandonar o mundo das nuvens e pensar voltar à terra para encarar as coisas como elas realmente são. Vamos-lá acordar antes que seja tarde. Por alguma boa razão a SAD do clube e alguns elementos da sua estrutura foram constituídos arguidos em consequência dos vários processos que decorrem actualmente nos tribunais...