Com a mesma
simplicidade e honestidade intelectual com que
pediu há tempos, nos Estados Unidos, a responsabilidade dos agentes desportivos e a pacificação do futebol...e poucos dias mais tarde tentou roubar jogadores ao Sporting, o presidente do Benfica,
Luís Filipe Vieira, aproveitou a Assembleia Geral realizada no passada 6ª feira dia 28/09/18 que serviu para aprovar o relatório e contas da época 2017/2018, para voltar a apelar à justiça e transparência no futebol.
"Limpemos o futebol daquilo que ele não precisa: lama, difamação e descrédito.",
afirmou ele, parecendo desconhecer completamente todos os ataques feitos diariamente pelo Twitter do Benfica ao trabalho realizado pelos árbitros da 1ª Liga, cujas decisões, a maioria delas acertadas, não penalizam suficientemente as pretensões dos clubes rivais (FC Porto e Sporting) de quererem ser campeões e ferem gravemente a subjectividade dos benfiquistas.
"O sentimento que tenho é que temos de jogar o triplo dos outros para ganhar.", acrescentou ele, revelando dessa forma a sua manifesta e total falta de originalidade/criatividade, muito à semelhança de tudo o resto que tem feito no Benfica, aliás, já que esse tipo de discurso já vai sendo proferido pelo
Sérgio Conceição e a restante estrutura do FC Porto desde o inicio da época passada.
Não tenho nada contra este tipo de apelos, sobretudo se forem de paz, mas gostaria que eles fossem sinceros e viessem do fundo da alma, em vez de ser palha para burro dormir ou apelos para inglês ver. É que de nada serve estar a pedir hoje paz e amor entre os homens para deixar alguma gente sossegada e no momento imediato seguinte decidir atirar mais outro martelo à testa de alguém. Isto assim não são apelos, são atropelos, mas nem toda a gente parece ser capaz de distinguir a diferença. Quem quer a paz, deve trabalhar para a paz. Ninguém pode procurar a paz com uma mão e semear a guerra com a outra e achar que consegue passar discretamente sem que ninguém se dê conta disso, porque, já praticamente toda a gente conhece o livro
"A arte da guerra" do Sun Tzu e esse tipo de práticas já não consegue enganar quase ninguém. Por isso, se o Benfica quiser realmente acabar com este clima de ódio e guerrilha entre clubes, só tem que fazer uma única coisa: Que seja honesto consigo próprio (já que, com os outros é difícil) e avalie tudo o que tem feito nesse sentido até agora.
Sei que vai parecer muito suspeito da minha parte dizer isto, mas, muita razão teve
Jorge Nuno Pinto da Costa quando há dias afirmou:
«..O futebol não pode ser uma guerra, tem de servir para unir o país. Eu sei que há indivíduos, talvez por necessidade, uma vez que a vida está difícil para todos, que têm de ir para programas televisivos dizer barbaridades e criar um clima que é lamentável. Mas a culpa não é deles. É de quem lhes dá guarida e os deixa espalhar o ódio permanentemente entre as pessoas..»