É popularmente conhecido como o "Ladrão dos Ricos", mas ao contrário do que sucedia com o nosso lendário Robin Hood (Robin dos bosques), este aqui guarda tudo só para ele e não partilha nem um tostão que seja com os mais pobres e desfavorecidos.
Após um pequeno interregno, eis que o mais famoso mordomo dos crimes de colarinho branco em Portugal (também conhecido por João Vale e Azevedo) volta a estar na ribalta, de novo associado à uma história com contornos criminais.
Tudo isso porque, segundo notícias avançadas pelo Jornal de Notícias, o antigo presidente do Benfica, que se encontra actualmente a fazer vida de lorde em Londres, terá forjado as garantias que serviram para ajudar os arguidos Carlos Marques e Diamantino Morais a conseguir ludibriar o BPN (Banco Português de Negócios) num processo em que se investiga uma fraude de 100 milhões de euros de que é vitima o referido banco.
Não deixa de ser engraçado que em Novembro de 2008, o J.V.A já tenha sido notícia por ter burlado o BPN em 2 milhões de euros e que, passado todo este tempo, não tenham sabido aprender a lição e tenham caído novamente no conto do vigário.
Costuma-se dizer que à primeira toda a gente costuma cair, que na segunda era só para quem quisesse e que à terceira seria só mesmo para quem fosse burro, e já que só vamos na 2ª, não ficarei surpreso se daqui algum tempo venham a surgir noticias de um novo caso de fraude envolvendo as figuras de J.V.Azevedo e do BPN.
Desde que o Vale saiu em liberdade em 2004, após ter cumprido cerca de 3 anos de prisão preventiva, que se acumulam contra ele as acusações e casos de burlas, enganos, fraudes, falsificações, abusos de poder, de confiança, desvios de verbas, dividas, e até, pasmem-se, rendas por pagar.
O homem parece que sofre de uma espécie de alergia em pagar seja o que for, sempre que o seu nome é mencionado, vem sempre acompanhado com as maiores conotações negativas que possam existir.
Diz o povo, na sua imensa sabedoria, que o ladrão que rouba ladrão costuma ter cem anos de perdão, mas, na minha modesta opinião, acho que o J.V.A já anda a brincar demasiado com o fogo e a abusar estupidamente da sua sorte.
É certo que ele pode continuar a gozar com a justiça portuguesa e a fazer do nosso povo burro, porque tais procedimentos já estão bem enraizados na cultura Fidalga/burguesa/aristocrata, e, salvo seja, penso que não haverá ninguém neste planeta que o queira condenar por isso, até porque na maioria das vezes o povo também ajuda a alimentar essa imagem, mas ele...não pode jamais menosprezar o poder, o circulo de interesses e o painel de influências de uma classe social a qual ele pertence e da qual vai conseguindo retirar as bases da sua fortuna.
Talvez ele não saiba, mas essa gente não tem por hábito alimentar nenhum sentido de humor, além de ser rancorosa e orgulhosa quanto baste sempre que alguém se lembre de mexer com o dinheiro delas. Enquanto acreditarem que poderão reaver o que perderam pela acção dos tribunais, vamos que vamos, mas...que acontecerá quando eles tomarem consciência que os tribunais são ineficazes? que nada podem fazer? Que está tudo perdido?
Será que eles irão tomar isso a bem?
Hummmm...não sei não...temo muito pelo futuro do J.V.A, mas a verdade é que também não deixará de ser bem feito.
Já minha mãe me dizia: "Quem anda à chuva, molha-se"...
O problema é que ele tem um grande guarda-chuva.
ResponderEliminarOs guarda-chuvas são óptimos para proteger as pessoas da chuva....mas são ineficazes contra o vento.
ResponderEliminarDe que vale ter a cabeça protegida se todo o resto ficar exposto?
Bjs :)