Morreu Belmiro de Azevedo

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Morreu o empresário Belmiro de Azevedo, o homem de 79 anos que durante décadas esteve ligado à SONAE e foi considerado pela FORBES como um dos mais ricos de Portugal. Primeiro Mário Soares, depois Américo Amorim e agora Belmiro de Azevedo. Para aqueles que não morriam de amores por essa comitiva...2017 irá ser recordado no futuro como o melhor ano de sempre. Como compartilho a opinião muito generalizada de que no mundo dos negócios ninguém fica rico sem roubar, confesso que nunca alimentei o interesse de saber de que modo esse senhor conseguiu construir o seu grande império. Ouvi apenas alguns rumores aqui e ali de uns inícios de carreira muito atribulados e alguns assuntos muito mal resolvidos com a família do seu antigo patrão Afonso de Pinto Magalhães, fundador da SONAE, mas se atendermos ao facto de ele ter tido uma ascensão meteórica no ramo empresarial é natural que todos esses rumores possam ter um bocadinho de fundamento. Mas lá está, a oportunidade fez sempre o oportunista. Mas adiante, como é habitual nestas alturas, para que possa parecer bonito aos olhos da família enlutada, o que não falta por ai é gente impostora a tecer-lhe os maiores elogios através da comunicação social e a manifestar o maior pesar por esta perda irreparável no mundo dos negócios. Aquele que acabou por surpreender-me mais foi o MEC (Miguel Esteves Cardoso) que, embora nunca tenha conhecido o Belmiro, descreveu-o como um homem simples, inteligente, recto, generoso e elegante. Sei que ele colabora com o "Público", jornal do qual Belmiro de Azevedo já foi proprietário, mas nunca pensei ver um dia o MEC a ter que prestar-se a vassalagens deste tipo. Achei particularmente intrigante quando ele afirmou na crónica que publicou recentemente de que o Belmiro nunca usou os seus êxitos para se engrandecer. Quando li isso, surgiram-me-me quase imediatamente dois tipos de pensamentos na minha cabeça. Se ele era assim tão simples...e não gostava de se exibir, porque razão cheguei a vê-lo há alguns anos atrás numa entrevista concedida para a RTP, um grande plano dele a descascar e comer amendoins enquanto falava...das qualidades extraordinárias do treinador de futebol José Mourinho? Isso é de alguém que possui simplicidade no trato? Ou é de alguém que gosta de exibir-se? De se mostrar? E se ele nunca usou os seus êxitos para se engrandecer como foi possível ele ficar rico nesse caso? Terá sido através dos seus fracassos que ele conseguiu tal façanha? Bem, também é verdade que o MEC tem o dever direito de ter essa opinião, assim como eu tenho o direito de passar a duvidar das opiniões do MEC.  Confesso que desconheço totalmente as qualidades humanas do Belmiro, mas a ser verdade que ele era assim tão recto, honesto e generoso com os seus empregados, gostava de ouvir da boca de alguns deles - daqueles que tinham contratos precários e ganhavam o salário mínimo nacional (não o MEC nesse caso) - uma única palavra que fosse a falar bem dele...porque neles sim, consigo acreditar. Mas porque a morte de alguém é sempre um acontecimento muito triste...desejo paz à sua alma, e mesmo que segundo S. Lucas seja mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus, espero muito sinceramente que ele vá para lá porque se há alguém que merece aturar todos os ...(inserir palavra)... que criou, esse alguém é Deus.

Fontes: https://www.publico.pt/2017/11/29/economia/cronica/adeus-belmiro-1794388

O Benfica a bater no fundo...

A CMTV deve ser seguramente o pior canal televisivo que Portugal já conheceu na sua história, mas há situações em que, mesmo eles, conseguem tomar atitudes acertadas e revelar alguma utilidade. Foi isso que vi acontecer ontem à noite no programa "Pé em Riste" que teve a gentileza de denunciar em directo a manipulação de imagens que tinha sido feita no video divulgado pelo Twitter do Benfica cuja único objectivo era denegrir a imagem do FC Porto rotulando de "farsa" a sua legitima reivindicação de ter havido um penalti não marcado ao minuto 90 sobre o jogador Danilo. Foi a coisa mais linda de se ver. Tão linda que até o André Ventura (comentador afecto ao Benfica) ficou com a cabeça quem um melão de tal modo sentiu-se injuriado. Uma verdadeira delicia hahaha
O Benfica está a bater mesmo no fundo. Primeiro lembraram-se de fazer aquela estupidez no programa "Chama imensa" quando pretendiam divulgar o nascimento de um suposto "Novo Apito Dourado" sem ter nenhuma prova para apresentar a não ser as velhas tretas e mentiras do "Velho Apito Dourado", levando, inclusive, a que um conhecido reputado e leal benfiquista fosse maltratado e saísse magoado desta história. Depois foi aquele Tweet no qual lembraram-se de pôr em causa a idoneidade do árbitro Artur Soares Dias e agora sujaram completamente a cara com esta história do video manipulado. Quer se dizer, primeiro a montanha pariu um rato, depois o tiro saiu-lhes pela culatra e agora o que é que falta? cair num poço sem fundo?
A sério, foi nisto que o clube da Luz se tornou? É esta a seriedade que esse clube diz ter para dar e vender? É esta a verdade desportiva que ele diz defender? Divulgar vídeos manipulados para as pessoas pensarem mal do FC Porto e continuar a saga e o caldo cultural do antigo Apito Dourado? Já não há decência no futebol? Já não existe vergonha? Isto agora passou a ser um vale tudo menos tirar olhos? Obviamente que os responsáveis encarnados negaram qualquer envolvimento/autoria na adulteração das imagens mas sem contudo terem tido a ombridade de explicar de que modo essas imagens conseguiram chegar até eles. Não foi o Benfica quem divulgou esta porcaria? Logo, é ele o responsável. Reparem que até o João Malheiro que, no passado, já foi director de comunicação do clube da águia não conseguiu aguentar o peso desta vergonha e acabou por insurgir-se contra o seu clube na sua página de Facebook pela politica comunicacional que tem sido levada a cabo pelo clube da Luz. Disse ele em alto e bom som e para quem quis ouvir:

«A comunicação do meu Clube bateu no fundo. A desorientação é geral, multiplicam-se as contradições. O timing é mal gerido, as declarações são muitas vezes precipitadas e sustentadas de forma deficiente. Hoje, passa a imagem de um anedótico Pedro Guerra, com algumas réplicas, investido na função de porta-voz do SL Benfica.»

Mais palavras para quê? Ficou tudo dito.


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A Liga está toda a ferver...

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Depois de ter empatado com o Sporting em Alvalade o F.C. Porto voltou a marcar passo no campeonato português e pôs o mundo do futebol num autêntico alvoroço depois de empatar o jogo de ontem à noite a uma bola com o Aves, ficando assim o caminho aberto para que o desígnio nacional do Penta Benfica possa ocupar a liderança da Liga caso vença o Porto na próxima jornada e o Sporting tiver também algum percalço no seu caminho. O jogo que vi ontem foi triste, morno, pachorrento e, verdade seja dita, não teve história nenhuma. Acho inclusive que o Sérgio Conceição estava a tentar poupar alguns jogadores já a pensar no clássico da próxima semana. Vi um Porto que fez muito pouco para merecer vencer a partida e um Aves que lutou demasiado para merecer acabar o jogo com o sabor de uma derrota. Face aquilo que se passou em campo, acho sinceramente que o empate acaba por justificar-se plenamente e se tivesse que haver um vencedor teria sido o Aves. De lamentar, porém, foi a pronta atitude do Benfica que, mal terminou o jogo do Porto contra o Aves, lançou mais uma vez um comentário infeliz para a praça pública no qual condenava uma suposta atitude menos acertada da parte de alguns responsáveis portistas. O futebol português virou um autêntico lamaçal de gente porca, triste e doida, e o Benfica tem a maior cota de responsabilidade naquilo que está a acontecer. Primeiro lançou um "Tweet" no final do jogo entre o Porto e o Portimonense no qual lembrou-se de acusar o árbitro Artur Soares Dias de não ser idóneo e de estar ao serviço de um "Novo Apito Dourado" retomando desse modo algumas práticas passadas que tanto celebrizaram o clube das águias e originaram proveitos desportivos, para depois, quando a direcção do Benfica percebeu que tinha feito uma grande asneira e que ela podia jogar contra os seus interesses, fazer aparecer num ápice o director  de comunicação encarnado a tentar retractar-se e pedir desculpas ao respectivo árbitro por esse "Tweet" tão infeliz e despropositado que já mereceu a abertura de um processo pelo CD da Liga. Alguns dias depois, lançaram através da BenficaTV um programa chamado "Chama imensa" para o ar, anunciado como se de uma autêntica bomba se tratasse, no qual acabaram por acusar o FC Porto, o Luís Gonçalves e o Pinto da Costa de serem responsáveis pelo desaparecimento do submarino argentino e pela falta de chuva que houve no mês de Novembro e provocou seca no Alentejo, mas sobretudo de estarem à frente de um novo esquema do tipo "Apito Dourado" para controlar as arbitragens e obter benefícios próprios através disso (embora tenha sido o Benfica a ganhar os últimos 4 campeonatos...) sem contudo terem tido o cuidado de apresentar qualquer prova ou documento que pudesse suportar essa tese. O ridículo da situação foi de tal ordem que acabaram por meter ao barulho uma pessoa (Monteiro Silva) que para além de ser benfiquista assumido, é também sócio e accionista do Benfica e participou activamente na "Operação Coração" promovida pelo clube. Isto é que deve ter sido um chapadão daqueles para aquele homem. Estou certo de que ele não esperava receber nada daquilo da parte do clube que sempre amou e acarinhou e não há nada de pior do que ser traído pela nossa própria família. A benfiquista neste caso. Enfim, foi mais umas daquelas jogadas que o Benfica tanto gosta de fazer e cujo único objectivo é apenas meter o caos na opinião pública para poder controlar melhor a subjectividade dos benfiquistas. Se eles são 6 milhões, é natural que pelo menos metade desse número sejam pessoas doentes pelo clube e dotadas de pouca ou nenhuma inteligência, logo, é só meter o nome do FCP pelo meio que eles são capazes de comer qualquer alheira coisa que saia do rabo do Benfica para não ter que dizer merda (Upss, disse na mesma!). Mais tarde ainda foi a vez do presidente das águias a dar um ar da sua pouca graça quando surgiu numa qualquer conferência apelando o bom senso "da parte de todos os intervenientes nesta importante indústria que vive actualmente o caos..." para, nem um dia depois, deixar o seu Benfica atirar mais lenha para a fogueira e meter o nariz onde não deve, ao condenar o Porto por este ter contestado no fim do jogo com o árbitro da partida uma má decisão que ele parece ter tomado contra ele e que acabou por ter influência directa no resultado. Enfim, o Benfica parece quase uma velha podre de bêbada que anda a conduzir um carro na rua aos ziguezagues. Um dia acusa, no outro pede desculpas, depois pede paz, no dia seguinte faz a guerra...
Que raio de gente. E o pior é que nem sequer se dão conta da cena que fazem.

Hoje foi dia de "Black Friday" em Portugal....

Um dia com ofertas, oportunidades e promoções, tão espantosas e alucinantes que até dá quase vontade da gente se atirar pela janela do 5º andar...
Nem sei como consegui conter-me...

Antes do Black Friday...
Durante o "Black Friday"....
  

Afinal até sou capaz de gostar de ler livros...*

*...logo que sejam livros de anedotas, obviamente. :)

Encontrei este texto há dias na Net e não consegui parar de rir. Trata-se de um trecho retirado do livro "Um Deus que sorri" escrito por Paulo Costa que decidi carinhosamente partilhar com vocês, aplicando, obviamente, as devidas correcções às falhas do texto inicial que, por lapso ou por erro de impressão, mencionava o termo "portistas" em vez de "benfiquistas"...

«...Deus e os Portugueses...

Diz-se que, aquando da criação do mundo, Deus, para que os homens prosperassem, decidiu conceder-lhes duas virtudes. Assim, aos Suíços, fê-los organizados e cumpridores da lei; aos Ingleses, persistentes e estudiosos; aos Japoneses, trabalhadores e pacientes; aos Italianos, alegres e românticos; aos Franceses, cultos e refinados; Quando chegou a vez dos Portugueses, Deus virou-se para o Anjo que tomava apontamentos e disse: 

-Estes, vão ser inteligentes, boas pessoas e benfiquistas. 

Dito isto, o Anjo chamou-lhe a atenção e retorquiu: 

-Santo Pai, tu deste a todos os povos do mundo duas virtudes, mas aos portugueses deste-lhes três. Isso vai fazer com que fiquem beneficiados em relação aos outros povos. 

-Pois... é verdade! Mas como as dádivas de Deus não devem ser retiradas, temos que remediar a situação. De agora em diante, os portugueses terão essas três virtudes, mas não poderão assumir mais de duas em simultâneo. Por isso, desde então: os portugueses que são benfiquistas e boas pessoas, não podem ser inteligentes; os portugueses que são inteligentes e benfiquistas, não podem ser boas pessoas; e os portugueses que são inteligentes e boas pessoas, jamais poderão ser benfiquistas...»

Palavra do Senhor...


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A sociedade desobediente...

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Deve ter sido a noticia mais marcante da semana e não queria terminar a minha - ainda que, tecnicamente, o Domingo seja considerado o 1º dia de uma nova semana - sem tecer alguns comentários sobre um assunto que considero importante e está ligado a ela. Na madrugada da passada quarta-feira, dia 15 de Novembro, uma mulher foi baleada por engano pela policia, acabando por morrer depois, por ter cometido o crime de seguir para o seu trabalho à bordo de um Seat Leon de cor preta que foi confundido por outro do mesmo modelo que estava a ser perseguido pelas autoridades. Esta história apesar de parecer rocambolesca pode ser explicada em poucas linhas. Por volta das 3h00 da madrugada a PSP foi alertada de que pelo menos dois homens tinham acabado de fazer explodir uma caixa multibanco da Caixa Geral de Depósitos na Avenida Bento Gonçalves, Lisboa, com a intenção de roubar dinheiro, e, após tomar as diligências necessárias, cerca de 30 minutos depois conseguiram detectar um carro suspeito que conduzia na 2ª Circular em direcção a Sacavém. Quando a policia tentou interceptá-lo, o carro em vez de parar meteu prego a fundo e pôs-se em fuga, contornando todos os outros carros que circulavam na via, a alta velocidade e/ou em contramão, colocando assim em perigo a vida de toda a gente ali presente. Perto do aeroporto Humberto Delgado, numa rua sem saída, os assaltantes foram encurralados e começaram a disparar sobre os policias, que, por sua vez, tiveram de saltar para a berma da estrada para não serem colhidos e deixaram escapar os assaltantes no meio de toda aquela confusão. Poucos minutos depois, de volta à 2ª Circular, uma Equipa de Intervenção Rápida da PSP de Loures avistou outro Seat Leon de cor preta, dentro do qual seguia a vitima, que julgou tratar-se do carro que estava em fuga. Quando foi-lhe dado a ordem de paragem, o condutor do carro - que não tinha carta de condução - desobedeceu armado em trengo e colocou-se em fuga, tentando inclusive atropelar os agentes que tentavam barrar o seu caminho, na clara intenção de conseguir escapar desse modo a uma eventual multa. Acto continuo a viatura voltou a desobedecer a nova ordem de paragem feita por outra brigada e depois de ter sido interceptada e imobilizada mais à frente, verificou-se uma  nova troca de tiros que acabou por vitimar a mulher que seguia ao lado do condutor. Uma estupidez não é? Pois, habituem-se porque, ao que parece, estamos a ficar uns verdadeiros peritos nessa matéria. Anda um homem a tentar fugir das paranóias, das maiores ameaças para a nossa integridade física, dos locais perigosos e das más companhias para evitarmos problemas, dos aviões com medo que eles caiam, dos prédios altos com medo que eles possam pegar fogo e depois não haja escapatória, dos barcos com medo que eles afundam, para depois um dia a gente levantar-se de manhã, tomar o nosso pequeno almoço, seguirmos descansados para o nosso trabalho, encontrar-mos a policia no caminho e levarmos com um tiro na cabeça. Não tenho palavras, isto é simplesmente incompreensível.

Confesso que houve uma fase, no passado, em que eu era manifestamente incapaz de ver as diferenças latentes entre ser policia e ser ladrão.  Costumava dizer para quem tivesse a paciência de ouvir-me (poucos felizmente) que a única diferença que distinguia um ladrão de um policia era a particularidade de um ser forçado a roubar à revelia da lei e o outro poder roubar usando a lei como cobertura. Esta opinião, bastante depreciativa, era especialmente agravada pelo facto indesmentível até hoje de que nunca tinha tido um único problema que fosse com os senhores ladrões, enquanto que os senhores policias já me tinham espetado algumas multas por mau estacionamento e outras por excesso de velocidade (65 Km/hora numa localidade, pasmem-se!). Nessa altura ficava todo irritado, indignado quanto baste, e queria pegar no megafone e protestar para tudo quanto era sitio, mesmo que tivesse de armar o barraco às portas de Belém, mas após saber que as multas prescreviam todas ao fim de 2 anos deixei literalmente de me chatear com isso e passei a ver os policias como bons amigos (quanto Sr agente? 500 euros? só isso?). Mas depois reflecti sobre os meus erros e comecei a pensar para mim: Se normalmente somos capazes de confiar mais depressa a nossa vida na mão de um policia do que num ladrão, porque razão os detestamos assim tanto e não gostamos de os respeitar? E a resposta acabou por ser bem fácil de descobrir. Não gostamos deles porque representam o Estado. Costuma-se dizer que o Estado somos todos nós mas a realidade, porém, é que a população nunca sentiu isso dessa forma. Para a maioria de nós o Estado é apenas constituído pelo governo que o representa. E o que é que nós, portugueses, nos fartamos de fazer no nosso dia a dia? Ora ai está, falamos mal do governo. Daquilo que roubam, do que comem à nossa custa, dos impostos, dos desvios de milhões, dos amigos, da corrupção, etc. Mas como o presidente da república e todos os outros ministros nunca andam na rua sozinhos para a gente poder cuspir-lhes em cima ou partir-lhes a cara, quem são os primeiros a dar a cara por eles mesmo que não tenham culpa nenhuma? Os policias pois claro...

É verdade, sempre que o motivo das nossas frustrações fazem alguma referência ao Estado, acabamos por descarregar toda a nossa raiva em cima dos policias, porque embora seja o Governo a criar as leis que nos penalizam e nos massacra o juízo, quem acaba por aplicá-las e dar a cara são eles e isso faz com que assumem de certa forma o papel de "patinho feio". Ainda por cima as fundações democráticas do nosso país trataram de agravar ainda mais a maneira egoísta com que gostamos de avaliar o nosso potencial e a nossa presença na Terra. De tanto defender que perante a lei e os seus princípios democráticos, todos os cidadãos do país são considerados iguais, a sociedade acabou por acreditar de que isso era mesmo verdade...quando na verdade, não era. Esta é talvez a falha mais grave da democracia. De tanto querer tratar toda a gente por igual, dando liberdade de acção, apoios e rendimentos mínimos, e direitos a quem não soube merecê-los e nem sequer sabe respeitar os direitos dos outros, acabou por criar uma sociedade tendencialmente marginal com nítida ausência de valores e propensão para a desobediência. E é disto que tenho muito medo. De tanto sentir-se importante a sociedade acabou por deixar de o ser. Durante muitos anos vivemos a falsa ilusão de que existia uma força policial capaz, instituições sociais e financeiras competentes, uma justiça célere e funcional, um ideal de ordem e disciplina, quando na realidade não existia nada disso. Era tudo uma grandessissima treta. Alguns criminosos e desordeiros delinquentes foram os primeiros a dar-se conta disso (os tais que andam agora a estoirar as caixas multibanco) e num futuro não muito distante viveremos uma situação social quase igual às favelas do Brasil. A população habituou-se a ver os policias serem ridicularizados em tribunal, agredidos e espancados nas ruas, maltratados pela lei, e a serem castigados muitas vezes por estar a cumprir o dever deles, que isso fez com que deixassem de ser vistos como legítimos representantes da autoridade. Assim, quando a sociedade deixa de saber respeitar a policia...também deixa de saber respeitar a lei. Foi isto que aconteceu em Lisboa, o condutor do carro não tinha carta e não sentiu qualquer obrigação de respeitar a autoridade que tinha diante de si, ignorando-a, desprezando-a, fazendo-lhe frente. E é também por isso que, e isto agora em jeito de conclusão, sinto muita pena que aquela mulher tenha morrido sem razão por causa de uma bala que não lhe pertencia receber e que devia ter sido dirigida ao condutor do carro que decidiu ignorar as ordens de paragens, mas se alguém quiser condenar os policias por terem disparado contra o carro depois deste ter tentado atropelá-los (e matá-los por sinal), então isso só quer dizer uma coisa. Essa pessoa - estúpida - também já faz parte da nata marginal que tive a gentileza de sublinhar neste texto.

Cá se fazem, cá se pagam...

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Em finais de 2013, quando conheci o desemprego pela...7945638ª vez, uma das coisas que mais odiava mas que era obrigado a fazer para além daquelas apresentações quinzenais patéticas na Junta de Freguesia, era ter que correr todas as mercearias e botequins da minha aldeia para carimbar a minha folha de presenças do Centro de Emprego para comprovar desse modo a minha procura activa de emprego. Odiava fazer aquilo porque não passava de uma palhaçada que não resultava em nada nem dava para justificar porcaria nenhuma. A gente entrava nas lojas e nos cafés, pedíamos amavelmente a porra do carimbo e saíamos de lá exactamente iguais ao momento em que decidimos entrar. Sem emprego, sem futuro, sem expectativas, e muitas vezes com menos dinheiro na carteira porque a vergonha levava-nos a pedir um café para quebrar o gelo antes de ganhar coragem para apresentar a folha maldita. Numa dessas vezes, lembro-me de entrar na loja de electrodomésticos mais conhecida das minhas redondezas onde, por tradição, a minha família tinha por hábito fazer muitas compras e encontrei por lá o filho do patrão recém licenciado em Relações-Comerciais-Internacionais-das-Parvoíces que não cabia em si de contente por estar a ocupar o lugar de atendimento numa loja de aldeia que sempre sonhou e para o qual estudou aqueles anos todos. Mesmo sem conhecer devidamente aquele "Ponta de lança" senti-me perfeitamente à vontade para dizer-lhe amavelmente que não precisava de comprar nada e que apenas necessitava que ele carimbasse a minha folha do IEFP. Qual não foi o meu espanto quando o coisinha, no alto do seu pedestal do homem mais idiota do século, negou-se a fazê-lo alegando a desculpa de que não era ético nem justo nem correcto comprovar a realização de uma entrevista de emprego que na prática não existiu. «..Só assino se vieres aqui pedir emprego..», disse-me ele. Aceitei educadamente os seus argumentos, agradeci o tempo que ele me tinha dispensado e saí sorridente e totalmente satisfeito daquele estabelecimento, não pela lição de pseudo-justeza, hombridade e honestidade, que tinha recebido na dita loja mas sim porque tinha a profunda certeza de que ele tinha acabado de fazer merda da grossa. Uma conclusão que veio a confirmar-se apenas quatro anos depois. Ontem, para ser um pouco mais preciso.

Como a minha moradia ganha facilmente muita humidade e o inverno, apesar do outono ter parecido um pouco esquisito, começa a dar sinais de poder estar a aparecer, tive necessidade de dirigir-me ontem à Worten para comprar um desumidificador que não fosse muito caro mas que fizesse bem o seu trabalho, porque se não resolvesse esse problema já sabia que a minha mulher ia estar sempre a moer-me o juízo dia e noite até o meu cérebro ficar em papas e que, apesar da alta concentração de humidade existente na casa, arriscava-me a ficar em seco o resto deste ano  e quiçá o primeiro semestre do próximo que ainda estava para vir (sexualmente falando é claro). Vinha eu a sair da Worten com o dito aparelho nas minhas mãos quando dou de caras com o Sr José, homem de 70 anos e (ainda) proprietário da loja de electrodomésticos mencionada no texto em cima. Depois de cumprimentar-me e olhar com certo espanto para o aparelho que tinha acabado de comprar, perguntou-me se ele tinha sido muito caro. Quando ouviu da minha boca que tinha sido 99 Euros, o homem nem queria acreditar e notei que ele ficou até um bocadinho amuado porque na loja dele também tinha daqueles equipamentos à venda pelo mesmo preço ou até mais barato e, não tendo sido uma promoção, percebi que ele esperava receber outro tipo de consideração da minha parte por sermos gente da mesma freguesia. Foi ai que, ainda que não sentisse necessidade de justificar-me, decidi aproveitar o momento para abrir o meu livro de memórias e contar-lhe a passagem que tinha ocorrido 4 anos antes, entre mim e o seu querido e mui estimado filho. "Tudo isso por causa da merda de um carimbo???" perguntou-me ele. "Sim - respondi eu - tu já sabes como eu sou. Posso não falar nada porque nunca gostei de exibir-me nem ando aqui a fazer circo mas quando me fazem uma sacanice nunca perdoo". Podia calar-me e deixar as coisas naquele ponto mas o homem pior ficou quando soube que depois daquele episódio já tinha comprado uma máquina de lavar, um fogão e um frigorífico novo. "Que posso dizer-te? Fiquei com tanta vergonha que nunca mais consegui encarar o teu filho" ironizei eu. O homem meteu as mãos à cabeça e parecia que tinha levado um autêntico soco no estômago e eu sentia-me a sorrir todo por dentro. Todo eu era contentamento. Não sei o que vai acontecer daqui para a frente pelos lados do senhor doutor moralidades-não-sei-quê mas acho que o serviço meteorológico prevê que possa aparecer um grande temporal e muita trovoada por aquela zona. Uma tempestade com ventos ciclónicos tão fortes que pode haver o risco de alguns distraídos levarem com uma tigela de carimbos bem em cheio na testa. "Pai rico, filho nobre, neto pobre"...diz o ditado e muito bem.

A lei do mais forte

Há um video que tem corrido as redes sociais e acabou por fazer manchetes através da mídia porque mostra um agente da PSP a ser agredido nos inícios de Outubro, no jardim de Santa Catarina, em Lisboa, por um capanga delinquente de 43 anos que já conta na sua folha de cadastro cerca de 17 processos por agressões. O dito sujeito estaria a importunar os transeuntes presentes no miradouro, em particular as mulheres que se encontravam no parque (devia estar com fome, coitado), situação essa que motivou a chamada das autoridades. Quando o agente Alves de 23 anos e a sua colega Lina compareceram no local e pediram-lhe a identificação, explicando-lhe os motivos de tal atitude, o individuo recusou identificar-se, resistiu à imobilização e começou a agredir o agente referido a pontapé e socos na cara perante a passividade dos transeuntes e a manifesta impotência da sua "partner" que tentava esconder-se por detrás dele com medo de levar uma lapada. No fim o fulano acabou por ser dominado e detido e depois de ter sido presente a um juiz do tribunal...acabou por ser libertado. Sim, leram bem, libertado, assim simplesmente. Trata-se de algo verdadeiramente surreal. Um homem agride um agente da autoridade e nem sequer teve direito a passar uma misera noite que seja numa cela fria de prisão. E assim vai a nossa querida justiça em Portugal. Viva a Anarquia!
Convidado a pronunciar-se sobre este caso o presidente do Sindicato Nacional da Polícia (SINAPOL), Armando Ferreira, diz ser “triste verificar que colegas continuam a ser sistematicamente agredidos e nada é feito pelo poder judicial e institucional”. Afirmou ainda que, em média, quatro policias são agredidos diariamente e que, a par do fenómeno dos suicídios, este é o mais crescente no seio das forças de segurança. "Os polícias nada fizeram no vídeo, nem puxaram do bastão. Se é esta a polícia que querem ter, é esta a polícia que vão ter”, finalizou ele prometendo levar o assunto ao Ministério da Administração Interna, que é como quem diz, a lado nenhum.



Polícia agredido em Lisboa from Público on Vimeo.

Confesso que fico cada vez mais atónico com todas estas noticias que por vezes chegam até mim e mostram-me tudo aquilo em que o mundo se transformou nos dias de hoje. São situações tão estranhas e bizarras que vemos acontecer um pouco por toda a parte e a toda a hora, cuja inoperância das diversas instituições responsáveis por garantir a segurança do país é tão grande que acaba por anular quaisquer consequências para quem optou a via do crime e cria assim um sentimento de impunidade muito difícil de digerir. Sei que noutras sociedades não menos civilizadas do que a nossa, a legislação vigente não é tão branda e permissiva e este tipo de situações jamais teriam forma de acontecer porque antes mesmo do sujeito pensar sequer em agarrar o policia já estaria a levar imediatamente com um balázio na cabeça e ficava ali estendido. Na América, por exemplo, houve muitos casos desse género - muitos dos quais considerados injustos, but who cares? - porque lá não se brinca aos cowboys nem aos policias de faz de conta. Acreditem, para mim foi extremamente frustrante e confrangedor analisar o dito video e verificar que as nossas forças policiais fizeram-se representar por 2 policias anões que mais pareciam miudinhos acabadinhos de sair da puberdade e cujo peso dos dois somados não devia atingir a marca dos 100 Quilos. A sério minha gente, é esta a força policial que passou a representar Portugal? Um zéquinha lingrinhas de cabelo rapado na lateral à maneira SKIN (e óculos de sol na algibeira?) e sem estofo para estas andanças e um pau seco de virar tripas anoréctico que se um dia der uma estalada em alguém vai partir seguramente duas ou três unhas e desmantelar os seus ossos todos? São estes os nossos agentes protectores? Os nossos defensores da lei? Se forem, então deixem-me dizer-vos de que estamos muito mal entregues. Não tenho nada contra policias baixos ou pequenos porque os homens não se medem aos palmos mas espero sempre que eles sejam capazes de dominar qualquer situação e saibam espetar uns pontapés à Jackie Chan se for preciso. Antigamente tudo era resolvido à lei da espada e à força bruta mas desde que inventaram a pólvora acabaram-se os "Super-homens" e os heróis já que que qualquer otário conseguia empunhar uma arma. Assim, se estes policias viam que não tinham argumentos físicos suficientes para dominar o nível dos acontecimentos para que raio querem eles a porcaria do revólver? Será que serve apenas para repousar no coldre e enfeitar a farda à volta da cintura ou então para espantar pardais?. Chegou inclusive a ser humilhante ver alguma comunicação social salientar o facto da agressão ter sido presenciada por vários populares que limitaram-se a assistir à cena e não fizeram nada para socorrer os agentes em apuros. Mas será que esta gente está toda doida? Se agora os cidadãos tornaram-se responsáveis por defender os policias, quem é que está responsável por defender os cidadãos? Para que raio serve a policia afinal? Será que só serve para pregar multas a quem excede o limite de velocidade ou teve a infelicidade de pisar uma linha continua na estrada? Sinto pena de tudo aquilo que está a acontecer por terras lusas porque conheço bem o sentimento do nosso povo e mais ainda a sua inusitada capacidade de passar do 8 para o 80 num abrir e fechar de olhos. Tanto podem ser humanos e altruístas como amanhã já querem matar e dar cabo de tudo. A nossa democracia está a ser tão enxovalhada e maltratada nos dias de hoje que chegará um dia onde o sentimento de insegurança na população será tão grande que ela fechará os olhos a tudo aquilo que a rodeia, sobretudo em matéria de justiça, e estenderá de novo a passadeira vermelha para o ressurgimento do fascismo. Tenho dito.

Pernas, pra que te quero?

Conhecem a Sibéria, aquele sitio que toda a gente sabe onde fica mas ninguém quer lá ir? Pois, mais em baixo já vão perceber com toda a facilidade a razão de ser desta pergunta. Já alguém viu uma das capas propostas na última edição da revista "CRISTINA"? Digo capa porque é a única imagem que somos obrigados a ver quando olhamos para as estantes das livrarias ou ainda nas bombas de gasolina, porque fora disso acho que nenhum homem perde o seu tempo a ver o interior destas coisas. Parece que ultimamente quando o assunto é sexo a Cristina Ferreira passou a estar em todas. Ou melhor será dizer que ela só gosta de introduzir o sexo como assunto. A miúda só pensa nisso e não sabe falar de mais nada. Depois de, há algum tempo atrás, sem qualquer receio e pudor, ter abordado o tabu da homossexualidade numa edição das suas revistas...desta vez, num gesto tão carregado de coragem como recheado de ousadia, ela decidiu presentear-nos com uma representação genial de sexo "geriátrico" na Sibéria com alguns requintes de Halloween e "À la mode da Titia".

Na cama com Lili Caneças, não desejo isso nem ao meu pior inimigo...


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Agora vou só vomitar ali um bocadinho e já volto...

Ajoelhou?...agora vai ter que rezar....

Juíza espanhola emite mandado europeu de detenção contra Puigdemont
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Dizem que, quando um barco começa a naufragar os ratos que vem lá dentro são sempre os primeiros a pressentir o perigo e a tentar fugir. Uma atitude desesperada de quem vê a sua vida ameaçada e não deseja ser apanhado mas que se revela completamente inútil porque seja dentro ou fora do barco só existe água à volta e a morte é sempre certa. 
Assim, eis o grande Carlos Puigdemont...o independentista convicto, o homem integro que se dizia carregado de grandes valores sobre liberdade e identidade de um povo...e que também foi o primeiro a dar à sola mal sentiu cair sobre ele alguns pingos de chuva...

Está actualmente na Bélgica e diz que não quer ser preso, coitado...

O sarilho do Carrilho...

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Já saiu a leitura do acórdão no Tribunal da Comarca de Lisboa mas acho que este caso está ainda muito longe de ficar totalmente resolvido, sobretudo atendendo aos últimos desenvolvimentos que entretanto surgiram e foram expostos na praça pública (acidente rodoviário) que acabam por favorecer os interesses de Manuel Carrilho já que parecem confirmar o problema de álcool que afecta negativamente a vida da Barbara Guimarães e que ela sempre se esforçou por negar em tribunal. Carrilho foi condenado a uma pena de quatro anos e seis meses de prisão com pena suspensa pelos crimes provados de agressão, injúrias, violência doméstica, difamação e denúncia caluniosa contra a ex-mulher. O tribunal condenou-o ainda a frequentar um programa de sensibilização contra a violência doméstica, ficando também proibido de contactar com a ex-mulher e aproximar-se da sua residência. Para terminar terá ainda que pagar 50 mil euros a Bárbara Guimarães e 15 mil euros ao seu ex-namorado Ernesto "Kiki" Neves, que também era assistente no processo. No final da leitura a juíza presidente do colectivo bem que tentou apelar ao arguido para "não persistir mais" neste processo, temendo talvez que a sua decisão não tivesse efeitos práticos caso o processo fosse reavaliado por uma nova instância devido aos desenvolvimentos já referidos anteriormente, mas Manuel Carrilho ignorou-a por completo e já fez saber pelo seu advogado de que iria recorrer desta sentença."É um facto que a minha mulher apresentava um alcoolismo elevado, comprovado pela polícia." declarou ele à saída do tribunal.
Dizem que esta sentença foi inédita por ter sido a primeira vez que um politico foi condenado à cadeia por violência doméstica mas eu não concordo de todo com essa afirmação. Sabemos bem que as penas de prisão suspensas servem apenas de incentivo para que o arguido meta o rabinho entre as pernas e pague as indemnizações, multas e outras despesas inerentes ao processo para não ter que ver o sol a nascer aos quadradinhos. É natural que para a condição financeira de Carrilho todos esses valores possam parecer meros trocos e a intenção do tribunal acaba por ser mesmo essa. Estabelecer valores que sejam substanciais mas que estejam perfeitamente ao alcance do arguido para que ele prefira desistir do processo e seguir a sua vida em frente do que perder mais anos de felicidade e arrastar esta questão por um tempo indefinido. Mas sou-vos franco, para mim inédito teria sido o Manuel Carrilho cumprir a sentença de prisão ou a Barbara Guimarães conseguir deixar o vicio do álcool. Assim lá vamos ter que ver esta novela arrastar-se mais alguns anos nas revistas do TV Mais ou da NOVA GENTE para poder alimentar a cusquice do povo e a fofoca das beatas nas mesas das pastelarias ou à saída da missa. O Manuel Carrilho pode ainda queixar-se de ter tido pouca sorte na escolha do juíza desembargadora Joana Ferrer Andrade para julgar o seu caso, porque se o mesmo tivesse sido julgado pelo digníssimo juiz Neto de Moura, o tal que não gosta de mulheres adulteras, não só teria sido inocentado com base numa lei qualquer do tempo da inquisição como ainda por cima era capaz de ganhar um louvor ou até mesmo um feriado com o nome dele.