Como se fosse possivel comprar o amor duma criança!

Já era de prever que isso iria acontecer...
E nem sei como é possível que nos dias de hoje ainda haja quem persista em acreditar no pai natal e em elefantes cor-de-rosa a saltar de flor em flor!

Na 6ª feira passada a pequena Esmeralda já se tinha recusado a sair da viatura dos seus pais afetivos par ser posteriormente entregue ao seu pai biológico, Baltasar Nunes, e isto apesar de todos os esforços aplicados pela técnica do Instituto de Reinserção Social que tentou em vão lhe propor para que o encontro fosse feito no interior do tribunal da Sertã.
Assim, perante a insistência da menor, a magistrada responsável acedeu a que a mesma pudesse recolher a sua casa em Torres Novas.




Hoje, o JN dá-nos conta de que os médicos alertaram para o agravamento do estado psíquico da pequena menina.
Esmeralda está pior! - Dizem eles - "sofre, de novo, de ansiedade da separação com sintomatologia depressiva"
De acordo com a mesma noticia a equipa especialista de pedopsiquiatras mostrou-se ainda "preocupada com o ambiente e as condições que Baltasar pensa proporcionar à filha", além de ainda ter ficado convencida de que o progenitor "não revelou ter um interesse genuíno" pela menor e que "não parece ter capacidades para despertar o afecto da criança".
Este parecer foi feito após uma analise ao pormenor, sobre a postura do pai biológico, tendo inclusive sido feitas algumas considerações sobre a forma como o mesmo apareceu vestido nos encontros.

Não é de admirar...
A pequena Esmeralda já tem 6 anos e o seu coração já há muito decidiu que o casal Luís Gomes e Adelina Lagarto são os seus verdadeiros pais!
Ainda por cima querem convencê-la a sair dum castelo para viver num barraquinho tosco!
Vejam só o que se está a tentar impigir à miúda:
Neste momento ela tem um Pai, uma Mãe, um lar, uma Família em boa situação económica, um Futuro.
E do lado do pai biológico que encontra ela?
Um Pai teso, mal formado e constantemente desempregado.
Mas que grande escolha, sim senhor!

Mas a verdadeira questão até nem é essa.
Como se consegue enganar o coração de uma criança? Haverá dinheiro capaz de comprar um amor verdadeiro?

Não!... Felizmente que não!


Meus amigos, eu não concordo com aqueles que, estupidamente, afirmam que o casal adoptivo esteja neste momento a fazer uma espécie de batota metendo "ideias" na cabeça da criança.
E porque razão?
Simplesmente porque eles não precisam de o fazer.
O laço de amor que os une está estabelecido e jamais será quebrado!

Agora, é evidente que eles não estão a fazer nenhum esforço no sentido de convencer a filha a aceitar o seu pai biológico, mas a meu ver, parece-me ser uma atitude perfeitamente natural porque na situação deles quem de nós o faria?

Confesso-vos que as consequências oriundas da recusa da menina em sair da viatura dos seus pais adoptivos deixou-me deveras feliz porque isso significou que enquanto a mesma não demonstrar a vontade genuína de ficar com o pai adoptivo ninguém conseguirá retirá-la dos pais afetivos...
E para mim isso são boas noticias já que as intenções do pai biológico são por mim mais do que percebidas, só faltando as mesmas serem traduzidas em euros, e porque desse modo- embora de forma atribulada - a pequena Esmeralda terá sempre uma possibilidade real de ser feliz.

Porque haverá maior felicidade do que estar junto daqueles que amamos?

13 comentários:

  1. Pensador, já conheces a minha opinião sobre a matéria pelo que me escuso de repetir.

    Pertenço àqueles que "estupidamente, afirmam que o casal adoptivo esteja neste momento a fazer uma espécie de batota metendo "ideias" na cabeça da criança".

    Ou melhor, àqueles que estupidamente, afirmam que o casal adoptivo foram de um egoísmo extremo em subtrair à criança uma infância normal, andando a fugir com ela desde o seu 1º ano de vida de um lado para o outro para não terem que prestar contas à justiça só porque não conseguiam ter filhos e não queriam ter o "trabalho" que milhares de casais neste País têm para adoptar uma crinaça neste País.

    Ah, esqueci-me de referir: o foragido à justiça é um agente de autoridade.

    Pensador, penso que se lesses os acórdãos existentes mudarias de opinião quanto à legitimidade do casal.

    Outra coisa é o bem estar da criança. Mas, sinceramente, duvido que uma criança possa ter um desenvolvimento saudável na companhia de duas pessoas que só pensaram nelas próprias.

    Também me ia esquecer de outro pormenor:se a criança tivesse sido entregue quando o casal foi chamado à justiça pela primeira vez (em vez de ter fugido) este problema não se colocava. É que a criança tinha um ano.

    Bjs

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  2. Andam a brincar com o que não devem. Todos. E a miúda é que sofre com as parvoeiras de todos os adultos envolvidos.

    Sinto-me enojado com tudo isto. E revoltado.

    Grande abraço

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  3. Ni, eu já li os acórdãos existentes e jamais serei capaz de mudar a minha opinião com base neles.
    E porquê?
    Porque eu SEI que esses acórdões de nada valem para o coração da pequena Esmeralda!
    Mas qual legitimidade?
    Essa questão pertence ao passado!
    O que me interessa é o FUTURO da Esmeralda Ni, o FUTURO.
    Bem sabes que não se trata de uma questão juridica.
    Trata-se de uma questão de amor e afectos.
    Que me importa a mim o que diz os acórdões de justiça!
    Estamos a falar da mesma Justiça que foi capaz de meter na rua uma mãe que matou o seu próprio filho à fome sem sofrer quaisquer consequências!

    Ni, quando disse "estupidamente" só queria dizer que é inconcebivel que alguém pense que é preciso meter "ideias" na cabeça duma criança para convencê-la a ficar com uns pais que desde sempre conheceu e a trataram como se de uma princesa se tratasse.
    Que raio de ideias precisam eles de meter???

    Agora, ninguém pode censura-los de não fazerem nenhum esforço no sentido de convencer a miúda a ser entregue a um tipo que nem sequer tem onde cair morto!

    Ni, o pai biológico vive de favor na casa dos sogros, com tijolos a vista e sem tecto, que declara ganhar cerca de 2500 euros por ano e ainda por cima parece que não gosta muito de lavar-se!

    http://sic.sapo.pt/online/noticias/pais/20080410_Medicos+advertem+Tribunal.htm

    Que queres que os pais afectivos digam a filha?
    - Olha filha, faz um pequeno esforço...sorri... e tapa o nariz quando estiveres junto do teu pai biológico???

    Ni, os pais afectivos não roubaram rigorosamente nada a criança!
    Ela está muito FELIZ junto deles e não os quer PERDER por nada deste mundo.
    Se ela está a sofrer neste momento é porque já está suficientemente grande para perceber que estão a tentar retira-la dos seus pais afectivos!
    É apenas isso que está a traumatiza-la!
    Será assim tão dificil comprender isso?


    Dizes que se a criança tivesse sido entregue quando o casal foi chamado à justiça pela primeira vez (em vez de ter fugido) este problema não se colocava?

    Não de facto, mas se calhar estaria-se a colocar outro problema bem pior!
    Olha bem para a imagem dele Ni.
    Parece-te ser daqueles tipos que tem vontade de ser pai?

    Bjs

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  4. Sadeek, infelizmente isto chegou a um ponto sem retorno e todos sabemos que a única solução positiva é a miúda ficar com os pais afectivos.
    Já é demasiado tarde para o pai biológico!
    O Tempo está a ser o maior amigo do casal Gomes e o pior inimigo do Baltasar Nunes.
    Quanto mais tempo se passar, menor serão as hipoteses do Baltasar ficar com a filha.

    Felizmente que o tempo nem sempre está a favor do lado errado.

    Abraço

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  5. Pensador, mas o que afirmaste não retira a razão ao pai biológico.

    Nota - Não acredites em tudo o que as notícias dizem.

    Sempre que leio uma notícia sobre justiça vejo sempre um erro crasso na forma como o jornalista aborda as questões (verdade seja dita que também não são obrigados a interpretar a lei).

    Quanto às sentenças: gostaria que um dia me acompanhasses a um julgamento. Talvez mudasses de opinião sobre a aplicação da justiça. Há más sentenças? Claro que há. O juíz também é humano e a lei não é uma área em que 2+2 são 4. Mas o elemento proventura mais importante na aplicação da justiça é a prova e um juiz não pode ser culpabilizado quando os restantes intervenientes processuais não fazem prova.


    Nota - Deves estar aborrecido porque conheço-te bem e não faz parte da tua personalidade julgares as pessoas pela aparência. O Baltasar pode ser um excelente pai (aliás os relatórios dos peritos indicam mesmo que ele é um excelente pai para a criança que vive com ele).


    Bjs

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  6. Pensador concordo contigo .

    Abraço

    Carlota joaquina

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  7. Peço imensa desculpa á Ni mas estou chocada com os seus textos .

    Eu em questões de justiça sou uma ignorante mas á coisas que não se entendem .Sou Mãe de três meninas e Avó de três netos sei como funcionam as crianças da idade da Esmeralda e ao longo da minha vida profissional lidei com muitas .

    Um abraço


    Calota Joaquina

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  8. Meu caro amigo, não concordo em absoluto com a tua posição sobre este caso. Infelizmente, não tenho tempo para debater o caso, porque para o debate ser sério, precisa de muitas linhas. No entanto, deixo-te aqui, parte do que escrevi em tempos sobre o caso e que resulta do estudo que fiz do acórdão do Tribunal Judicial de Torres Novas.

    E quando dizes que a tua posição se baseia em amor e afectos, deves ter em atenção as datas das coisas.

    1 - Desde Fevereiro de 2003 que a Esmeralda Porto está desaparecida e também que, em 11 de Julho de 2002 (cinco meses após o seu nascimento), Baltazar, o pai biológico que tinha dúvidas sobre a paternidade, declara em tribunal, assumir a paternidade se os testes hematológicos indicarem ser o pai, o que vem a fazer a 24 de Fevereiro de 2003, imediatamente após tomar conhecimento do resultado do exame hematológico, perfilhando a filha Esmeralda a 27 desse mes e manifestando junto do Procurador Adjunto dos Serviços do Ministério Público de Sertã, o desejo de regular o exercício do poder paternal e ficar com a menor à sua guarda e cuidado.

    2 - Que de imediato procurou a filha junto da mãe, que a tinha supostamente em seu poder e no entanto, aquela com informações erróneas e equivocas, lhe ocultou o paradeiro, tendo só vindo a saber onde se encontrava, mas não em que circunstâncias, após sucessivas insistências junto do Ministério Público de Sertã que lhe fornece a localização em 12 de Junho de 2003.

    3 - É do conhecimento geral que as circunstancias em que o casal Gomes recebe a 28 de Maio de 2002 a pequena Esmeralda das mãos da sua mãe não abonam a seu favor, todos sabemos, não ser assim que se adoptam crianças em Portugal, independentemente de concordarmos ou não com o longo processo burocrático a que os serviços da Segurança Social obrigam.

    4 - A 13 de Julho de 2004, é proferida sentença pelo 2º Juízo do Tribunal Judicial da comarca de Torres Novas que determina a atribuição da Esmeralda ao pai Baltazar, sentença a que o casal Gomes tenta interpor recurso, não sendo aceite por falta de legitimidade da parte e, desde essa altura, a Esmeralda que agora em termos práticos dá pelo nome de Ana Filipa, vive em parte incerta, presume-se, com Maria Adelina e conhecendo Luís Gomes o seu paradeiro.

    5 - Baltazar fez no entretanto e em vão, diversas tentativas para que a filha lhe fosse entregue, que nesse entretanto, a pequena Esmeralda conheceu cinco residências diferentes entre Torres Novas e o Entroncamento e mais duas, uma em Mação e outra em Estremoz, com os avós adoptivos.

    6 - O casal Gomes também não permitiu as visitas da mãe biológica Aidida Porto, facto que a levou a 25 de Novembro de 2003 a pedir a guarda da menina e a regulação do poder paternal junto do Ministério Público acusando o casal Gomes de negarem a sua entrega, de não a receberem e não atenderem o telefone e mais: recorreu aos serviços de um detective particular para descobrir o seu paradeiro e posteriormente disse ter sido mal aconselhada e estar a Esmeralda muito bem com o casal Gomes, para vir agora e mais uma vez, alterar a sua posição, mostrando-se na disposição de recorrer para obter a guarda da Esmeralda.

    7 - A Segurança Social de Santarém diz ter o casal Gomes condições morais e económicas para serem bons pais e o Instituto de Reinserção Social diz o mesmo de Baltazar Nunes, ou seja: os relatórios consideram que, quer o casal Gomes, quer o Baltazar, têm condições para dar à Esmeralda o ambiente adequado ao seu desenvolvimento.

    Resumindo:

    A Esmeralda é entregue ao casal Gomes a 28 de Maio de 2002, tinha então 3 meses. O casal Gomes não inicia nenhum processo de adopção, fica pura e simplesmente com a miúda.
    Em 11 de Julho de 2002, tinha então a miúda 5 meses, Baltazar declara em tribunal, assumir a paternidade se os testes hematológicos indicarem ser o pai.
    Em Janeiro de 2003, 8 meses depois de a terem, o casal Gomes sabendo que o resultado do exame hematológico sairia em Fevereiro, iniciam o processo de adopção.
    A 24 de Fevereiro de 2003, tinha a Esmeralda 1 ano, é conhecido o resultado e começam então as tentativas de Baltazar para ver a filha, coisa que sempre lhe foi negada.
    A fuga dura há 4 anos, tendo entretanto a Esmeralda conhecido várias residências.

    Perante isto, uma breve e ligeira consideração:

    Esta coisa das certezas morais quando esbarram com os factos são uma chatice, mas alguns não têm problemas com isso e, assim, a comunicação social após saber que pessoas diversas mas com o monarca no baixo-ventre, como são; Maria Barroso e Manuela Eanes, estavam do lado do casal Gomes, fazendo uso do dito popular “a cavalo dado não se olha o dente” não teve dúvidas em alinhar a mira com estas e desatar aos tiros no Baltazar. Ora, este alinhamento, teve um efeito mobilizador na população e, não fosse o terem sonegado com intenção ou puro desconhecimento informação fulcral, até se dava de barato a licitude de tal empreendimento, embora, tenha para mim, que sou pessoa de pouco entendimento como já disse, haver crianças com problemas muito maiores que os da Esmeralda (esta, até ver, tem duas famílias que a querem) e não merecem por parte destes tais assomos de preocupação, mas, e aqui é que está o fulcral da história: a coisa cheirava a dramalhão, com todos os ingredientes capazes de fazer chorar as pedras da calçada, só faltava dar um jeitinho.

    Uma pergunta:

    Será Baltazar o demónio como nos querem convencer e, o sargento Gomes, um santo?

    Nota final:

    Veremos como isto se resolve, mas, para já, existe um risco efectivo: Se a criança ficar com os pais adoptivos, está criado o procedente para que a venda de crianças prolifere neste país.

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  9. Agora e depois de ter lido alguns dos teus comentários, principalmente quando tentas arrumar a NI com “Porque eu SEI que esses acórdões de nada valem para o coração da pequena Esmeralda! Mas qual legitimidade? Essa questão pertence ao passado!” tenho de te pedir que faças uma reflexão sobre isto, porque senão, qualquer bebé raptado, estará mais tarde, nas mesmas condições.

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  10. Piresf, sempre pensei que estivesse sózinha na opiniã que venho defendendo em relação a este caso (não contando, claro está, com os juízes que deliberaram).

    O caso da Esmeralda já mereceu inúmeros comentários da minha parte quer no meu blog quer noutros que afloraram a mesma questão pelo que não me repeti.

    Concordo com tudo que escreveste, mormente no que diz respeito à abertura de um precedente, até porque num post antigo tive oportunidade de referir algumas partes do Acórdão. Tenho consciência que este tipo de casos é melindroso e "mexe" com os sentimentos das pessoas (Amiga Carlota aceito que fique chocada com a minha posição. Eu também fico chocada quando vejo um agente da autoridade a furtar-se à justiça, a "ficar" com uma criança que não é dele e à margem das autoridades e ter as pessoas do lado dele).

    É muito fácil manipular os sentimentos das pessoas. Eu também sou mãe e tenho uma família. Mas temos que racionalizar toda a informação que nos chega dos órgãos de comunicação social.

    E em questão de afectos, afirmei, e reafirmo, das provas dadas com provadas resulta o extremo egoismo dos pais adoptivos. Eles nunca pensaram no que era melhor para a criança. Pensaram sempre neles. Os pais não têm filhos para fazerem deles o que querem e que lhes apetece. Não alteram a sua identidade nem tentam mudar a sua personalidade. Isto não é amor. É egoísmo puro e simples.

    Bjs para todos

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  11. NI, eu não li o acórdão, eu dei-me ao trabalho de estudar o acórdão antes de me pronunciar sobre o assunto, e até compreendo (tento pelo menos) porque tanta gente reage assim. No inicio formaram opinião com dados viciados, que continuam a chegar-lhes viciados, e as pessoas continuam a comprá-los como continua a fazer o nosso amigo quando fala da falta de condições em que o Baltazar vive, e que vive com os sogros, e que cheira mal, etc., coisa que, já em tempos, foi desmentido, tendo algumas reportagens, principalmente da TVI -por causa do programa do Goucha que é a favor do Baltazar, porque antes de este problema ter aparecido a público com a dimensão que se conhece, já o Baltazar tinha ido ao programa pedir ajuda para encontrar a filha- mostrado a sua casa e não o conseguindo fazer com a casa do sargento que estava sempre a mudar, e agora existe uma resistência natural em mudar de opinião. Isto é dos livros e é assim.

    A questão, é que o sargento Gomes, tem na sua família gente influente nos meio das forças armadas, que conseguiu mexer muito bem algumas pedras, e por isso foi protegido durante tanto tempo, a ponto de ninguém o encontrar, quando o homem trabalhava todos os dias no mesmo sitio.

    É por exemplos destes, que este tipo de movimentos de indignação do povão, são o que são, precisam de circo e de um bode expiatório, e quando lhos dão, o Coliseu é aberto.

    Felizmente, muita gente, tem entretanto mudado de posição e espera-se que os tribunais cumpram o seu papel, que é aplicar com justiça a lei.
    E mais, o sargento Gomes devia estar preso e bem preso.

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  12. Excerpto do acórdão do STJ:

    «Está provado, neste domínio e em síntese, que:

    Impediu que a menor fosse entregue à guarda e aos cuidados do pai, o assistente, ocultado o lugar onde esta se encontrava, chegando a mudar várias vezes de residência, apesar de saber que este tinha juridicamente a sua guarda e direcção, e que lhe incumbia educar e tratar a filha, com quem deveria viver, privando pai e filha da companhia um do outro.

    Vem tomando decisões sobre o modo e condições de vida da menor, contra a vontade do seu pai, titular do exercício do poder paternal, a quem compete decidir sobre a vida daquela, sabendo que esta não tem capacidade de decisão.

    Impediu a menor de criar vínculo afectivo com o progenitor, sequer de se aproximar dele, nunca tendo dialogado com este, no sentido de entre todos acordarem uma solução que causasse um menor sofrimento a esta, ao ser deslocada de junto de si para junto do pai; impediu-a de conhecer a sua verdadeira identidade, o seu verdadeiro nome, a sua realidade familiar, quer pelo lado do pai, quer pelo lado da mãe. Privou-a de frequentar um infantário, com o consequente convívio com outras crianças, apreender regras de convivência social, adquirir conhecimentos, facultar-lhe um são, harmonioso e sereno desenvolvimento e uma boa educação e formação, sabendo que quanto mais se prolongasse no tempo a recusa de entrega da menor ao pai, retendo-a junto de si, mais penoso seria para esta adaptar-se à sua família e ao contexto e valores de vida desta.
    Isto quando logo em 27.2.2003 o pai da menor manifestou ao Ministério Público de Sertã, o desejo de regular o exercício do poder paternal e de ficar com a menor à sua guarda e cuidados e imediatamente procurou a filha, deslocando-se à residência do arguido, logo que conheceu o local onde esta se encontrava aos fins de semana, inúmeras vezes, reclamando a sua filha, conhecê-la e levá-la consigo para a sua residência, o nunca lhe foi permitido, mesmo durante o Processo de Regulação do Poder Paternal, cujo desfecho lhe foi favorável, percorrendo milhares de quilómetros em viatura própria, mensal e em determinadas alturas, semanalmente, quer para ver a filha, quer para que lhe fosse entregue.
    O arguido, não obstante a sentença proferida na regulação do poder paternal, recusou-se a entregar a menor.
    O pai da menor, quis e quer, desde que o soube ser o pai, assumir-se realmente como tal, não pode, como desejava, dar-lhe os cuidados e atenção de pai, apresentá-la à sua família, inseri-la no seu agregado familiar, quando organizou a sua vida nessa perspectiva. Sendo grande a sua tristeza, angustia e desespero, ao ver-se sucessivamente impedido de ter acesso à respectiva, filha por causa da actuação do arguido e esposa, sentimentos agravados e acentuados após a regulação do poder paternal, quando constatou que o mandado de entrega da menor remetido à PSP, não era cumprido, apesar dos seus esforços. Em consequência o assistente passou a ser uma pessoa reservada e fechada sobre si mesmo, evita falar na sua filha e em toda a situação à sua volta, porque sofre ao ver-se privado, como era seu direito, de acompanhar o processo de crescimento e desenvolvimento da sua filha. Sonha com a menor, imagina a sua voz, os seus gestos, frequentemente chora e pede à companheira para o ajudar por não aguentar mais a espera em ter consigo a menor. Estes danos morais são sofridos de forma paulatina e diariamente, mantendo-se ao presente, agravando-se à medida que o tempo vai decorrendo sem que a sua filha seja encontrada e lhe seja entregue. A situação de afastamento, ocultação e recusa de entrega da menor é de tal modo prolongada, que a parte considerável e essencial da sua infância se está a desenvolver fora da convivência da família biológica desta.»

    in http://www.dgsi.pt/jstj.nsf/954f0ce6ad9dd8b980256b5f003fa814/5694dd5a9db5ffd0802573cc0044a3e6?OpenDocument



    "Paguei porque o tribunal mandou e acho que está tudo dito. Fiz tudo pela menina, não prejudiquei Baltazar, não faz sentido. Ele que abra uma conta em nome dela", declarou o sargento. »

    in http://sic.aeiou.pt/online/noticias/pais/20080724

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  13. Pensador...vejo que pensar não é bem o teu forte...

    Se está tudo tão certo para ti neste caso...então (desconhecendo se és homem ou mulher) só te posso desejar que alguma vez tu ou alguém dos teus passe por tudo aquilo que o Baltazar está a passar.

    Pode ser que na altura penses um bocadinho melhor...

    Lili

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A frase mais estúpida que poderá ser dita aqui é: "Para Pensador pensas pouco..."
A mais inteligente é: "És tão lindo Pensador..."