Choramos ao nascer porque chegamos a esse imenso cenário de dementes... (William Shakespeare)
Histórias que não se contam...
Cavaco Silva cancelou o ordenado de Presidente da Republica e optou por receber a pensão a qual tinha direito, no sentido de responder à nova lei que entrou recentemente em vigor e que determina o fim da acumulação de pensões com vencimentos do Estado a partir de 1 de Janeiro deste ano.
Até aqui tudo bem, prefere ganhar 10.000 Euros em vez de 6, acho que ninguém o pode condenar por isso. A César o que é de César, logo, se tem direito à reforma...que faça uso dela.
Mas isso significa que vamos ter um reformado a trabalhar de borla. Em tempos de crise, sabe bem observar esta gente "abastecida" ilustre, que, na sua clara intenção de revelar o seu inusitado amor à pátria, não se importa de colocar ao serviço do país toda a homo-sapiência na qual foram esculpidos, servindo-o gratuitamente e incondicionalmente (ha ha ha ha ha ha).
É também certo que o cargo de Presidente da Republica faz tanta falta à nossa nação como deve fazer uma viola num enterro, mas isso são apenas pormenores, minha gente, pormenores...e quem gosta de perder o seu tempo com eles? Não os Portugueses certamente.
Mas eis que...de repente, vem a público, através da comunicação social, que o ordenado do nosso mui estimado Presidente não ultrapassa o singelo valor de 7415 Euros, e ai...i'm sorry mas a porca já torce o rabo.
Pergunto-vos minha gente...
Que razões (obscuras para nós mas bem claras para eles) podem levar um indivíduo a investir mais de 2 milhões de Euros na sua campanha de eleição para Presidente da republica - sujeitando-se a perder tudo ou não ver o retorno desejado -, sabendo que um cenário de vitória apenas representa ganhar a modesta quantia de 7415 Euros por mês?
Fiquem atentos, se multiplicarmos este valor por 60 meses (5 anos de mandato), ele jamais terá a possibilidade de receber um retorno superior ao valor máximo de 445.000 Euros!
Ora, isso perfaz apenas 1/4 do valor que foi investido de início!!
Mas que história vem a ser esta?
Quem é o louco que investe num negócio tão arriscado? Um investimento que fica sujeito aos caprichos dos eleitores e pode dar em grave prejuízo?
Será que o tipo é louco? Será néscio?
Não minha gente, néscios somos nós. Nesse ponto, já há muito que deixou de haver dúvidas.
Este simples post responde à pergunta que muitas vezes nos fazemos sobre histórias que nunca são contadas em praça pública. São aquilo que habitualmente chamo de "Os obscuros caminhos da politica".
Ajuda-nos a perceber, com um pouco mais de nitídez, que apesar do Presidente da Republica não ser de grande utilidade para o povo português em geral, nem trabalhar em defesa dos interesses da nação que representa, serve porém...para alimentar os continuados interesses pessoais de um grupo de cidadãos influentes (do qual ele também faz parte, obviamente) composto por gente que, longe de ser ilustre consegue ser anónima quanto baste, sendo essa classe de parasitas a maior responsável pelo surgimento dessa crise exasperante, que nos rodeia, fustiga a nossa sociedade e é total causadora da nossa desgraça.
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Tem sempre aqueles contribuidores "anónimos" que apoiam monetáriamente as principais candidaturas, não vá "o diabo tecê-las".
ResponderEliminar:)
Pois Nina, os contribuidores "anónimos" que referes no teu comentário são precisamente a classe de sanguessugas que me referi no post.
ResponderEliminarSão os tais parasitas que investem dinheiro num "negócio" (o Presidente da republica neste caso) para mais tarde retirar grandes dividendos dele.
Ora, ninguém investe 2 milhões de euros se não tiver a pretensão de receber pelo menos 4.
O esquema está sempre bem montado e quem paga a conta final são sempre os lorpas do costume, que é como quem diz, nós.
Bjs
Contornos nunca claros de negócios que só beneficiam meia dúzia e prejudicam o país.
ResponderEliminarS, já antigamente se vaticinava que Portugal era Lisboa e que o resto eram paisagens.
ResponderEliminarNos dias de hoje, as coisas não mudaram assim tanto.
- Portugal continua a ser de "Meia-dúzia" e o resto deixou de ser paisagens para passar a ser peões...