Estava tudo encaminhado para que este barco pudesse chegar a bom porto mas, mais uma vez, a teimosia de Bruno de Carvalho acabou por deitar tudo a perder. Depois de ter visto falhar a transferência para o Nápoles, o guarda-redes Rui Patrício viu o presidente do Sporting rejeitar uma proposta de 18 milhões de euros apresentada pelo Wolverhampton, clube da I liga inglesa treinado pelo português Nuno Espírito Santo, e decidiu avançar com a rescisão unilateral do contrato alegando justa causa. Era simplesmente o pior cenário que poderia acontecer ao clube verde e branco neste momento, mas a fastidiosa mania de BDC comprar guerra com tudo e todos para que a fronha dele possa estar sempre presente nos jornais e telejornais do país, acabou mais uma vez por prevalecer, em claro prejuízo para o emblema de Alvalade. Aquele homem está completamente doido, descontrolado, e parece-me bastante visível que ele não sabe reconhecer a diferença entre maluquice e coragem. É certo que o valor oferecido pelo clube inglês estava muito abaixo do valor da clausula do jogador (40 milhões), mas, na conjuntura actual, depois dos incidentes ocorridos em Alcochete, a transferência de Rui Patrício era encarada como de vital importância para o universo leonino pois era também vista pelo resto do plantel como um sinal claro de que era necessário sair a bem e que as rescisões deviam ser negociadas em vez de optar por alegar justa causa, deixando dessa forma os empresários de más relações com o clube. Estranhamente, se esta transferência do RP tivesse sido levada avante, o BDC ia acabar por ficar bem na fotografia, pela determinação e irredutibilidade que demonstrou em querer ganhar esta "luta" dos jogadores que teve origem após os citados incidentes ocorridos a 15 de Maio. Teve a possibilidade de brilhar mas acabou por enterrar-se ainda mais. Assim, o quê que o BDC pensa ter arranjado ao certo? Para mim, em termos de destino no clube, a única coisa que ele conseguiu foi arranjar mais alguns pregos para fazer o caixão dele. Diz a sabedoria popular que quem tudo quer, tudo perde. Num instante o Sporting preparava-se para encaixar 18 milhões de euros, e no instante seguinte, vê um dos maiores activos da SAD abandonar o clube a custo zero e já não recebe porcaria nenhuma. Se não fosse tão real, poderia perfeitamente tornar-se uma nova adaptação daquele filme emblemático que ficou conhecido como "E tudo o vento levou". É certo que agora vai seguir-se uma fatigante e interminável batalha jurídica para atribuir as devidas responsabilidades a quem tiver direito por aquilo que acaba de acontecer, mas enquanto isso não sair do papel...o que irá ser do Sporting? O que será da sua imagem junto dos investidores, bancos, jogadores, patrocinadores, agentes desportivos, e a sua presença no mercado de acções? Como é que um clube consegue sobreviver se passar continuamente a imagem de que possui um homem maluco, teimoso e desequilibrado, a dirigi-lo? Não é que isso me chateie inteiramente - enquanto o Sporting estiver em crise, é menos um rival para chatear o Porto -, mas chateia-me que haja gente neste mundo que se julga o centro do universo sem que seja grande sequer e que faça fortuna na vida à custa de mentiras, pseudo-populismos, chico-espertismos, aldrabices e falsas promessas. Ou por outras palavras, para isso já nos bastam os políticos...e não queremos nem precisamos de nada disso no futebol.
(Imagem da Net com introdução de algumas legendas fictícias.)
Um pequeno ditador que nem isso sabe ser
ResponderEliminarAbraço