Secret Story 7 e as coincidências fantásticas "à la mode" da Tvi...

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Parece que a primeira edição do programa "Secret Story" da TVI apresentado pelo Luís Goucha, teve ontem um homossexual como grande vencedor. Eh pá, isto só pode ter sido uma grande coincidência, daquelas que a TVI tanto gosta de "fabricar", para inglês ver, ou melhor, para português ver, e que ao longo dos anos fizeram-me desinteressar completamente por esse tipo de programas. Se este ano os concorrentes eram muito mais "cultos", obviamente que tinha de ser um homossexual a ganhar o 1º prémio ou estavam à espera do quê? Não tenho nada contra a orientação sexual de cada um, é só sexo e cada qual tem o direito de fazer o que lhe apetecer debaixo dos lençóis, mas se há coisa que sempre detestei, é que haja quem se ache capaz de atirar areia para os meus olhos e manipular a minha mente...sem que eu consiga dar por isso. Participam 17 concorrentes e como por acaso apareceram 2 Gays para iniciar um romance dentro da casa e brindar os expectadores com cenas de puro romantismo? Credo, que raio de mania de estar sempre a tentar introduzir a homossexualidade na agenda. Até parece que querem fazer disso um preconceito para toda a vida, como se a "diferença" estivesse condenada a ser eterna. Parabéns Tiago, não pelo jogador estratega que possas ter sido no programa nem pela pessoa que possas ser na vida real porque, verdade seja dita, não vi nenhum episódio do Secret Story 7, logo, não te conheço minimamente a ponto de conhecer o teu valor enquanto ser humano, mas sim por teres tido a inteligência de concorrer ao Secret Story numa altura em que a Teresa Guilherme foi corrida aos pontapés (merecidamente, diga-se) e o Luís Goucha passou a ser o pivô do programa. Isto é que se pode chamar um grande sentido de oportunidade! :)

A beleza interior...

Embora, por vezes, seja muito mais fácil dizer do que fazer, é inegável que devemos tentar conhecer a beleza interior das pessoas e saber avaliá-las para além daquilo que a sua cara e o seu corpo nos mostra, sem tecer juízos de valor ou alimentar preconceitos, mas...
....Foda-se, pá! Não podiam facilitar um bocadinho mais as coisas?

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Quem quiser gostar de mim, tem que saber ver-me para além do que tenho tatuado na cara...

"Guerra" no futebol leva José Pina a abandonar Prolongamento.

De tanto falar de futebol, qualquer dia o meu estaminé ainda vai ser transformado num blogue desportivo, mas que outro mundo senão esse consegue despertar tantas paixões nos homens e oferecer-nos cenas tão caricatas? Em que outro mundo se consegue ver tanta palhaçada como neste aqui? Quem quiser conhecer a pior nata da podridão humana, só tem que mergulhar mais a fundo no mundo da bola e fica logo a conhecer pessoas como Pedro Guerra, por exemplo. Há dias já tinha referido aqui, o quão fastidioso e massacrante tinha-se tornado ver o programa "Prolongamento", transmitido à 2ª feira pela Tvi24, a ponto de levar o José Pina a ter que meter constantemente as mãos na cabeça de cada vez que tinha de ouvir aquela "rela" a falar e o Manuel Serrão a pregar lindas sonecas em directo. E tantas vezes vai o cântaro à fonte, que chega um dia fica lá a asa ou acaba por rachar. No último programa transmitido pela Tvi24, o verniz chegou mesmo a estalar entre Pedro Guerra e José Pina, levando inclusive o comentador encarnado a querer chegar a vias de facto com o comentador sportinguista. E foi uma pena não ter conseguido porque sempre alimentei a curiosidade de saber se aquele individuo conseguia rebolar no chão ou se ficava como os cagados de pernas para o ar. Enfim, nada que surpreenda qualquer pessoa que se diga inteligente ou o mais estúpido adepto de futebol. Programas televisivos como o "Prolongamento" tem um cariz provocatório que retrata fielmente as conversas que são feitas nos bares da cidade e nos cafés da aldeia, e se nesses lugares, fruto da subjectiva forma de ser de cada um, há sempre o risco de haver uma picardia que pode resultar em pancadaria velha e bêbedos a chorar mil juras de amor pelos clubes, era expectável que, mais dia ou menos dia, a mesma coisa pudesse suceder neste tipo de programa. Quando as coisas correm bem há sempre lugar a sorrisos, a maioria deles diplomáticos ou irónicos, mas quando as coisas começam a correr mal, ó minha mãe...revela-se imediatamente o nervosismo à flor da pele e a agressividade da nossa condição animal. Pois foi precisamente esse o termo que despoletou uma altercação entre esses dois. José Pina chamou o Pedro Guerra de animal e, apesar de ter sido provado pela ciência que todo o ser humano é um animal, o comentador benfiquista acabou por sentir-se particularmente ofendido com essa palavra já que aquele homem nunca se sentiu verdadeiramente um ser humano mas sim um Deus. Confesso que achei particularmente intrigante o facto - que, infelizmente, o video em baixo não mostra - do Pedro Guerra ter chamado minutos antes o José Pina de "Burro" e não ter visto nada de condenável na sua atitude. Será que possui formação suficiente para saber que os burros também são animais? Duvido. Enfim, para ele, parece ser normal chamar alguém de burro em directo na televisão, mas se o chamarem de animal...alto ai e pára o baile. Sem falar dessa linda imagem que foi vermos alguém levantar-se em directo num programa de televisão para dar um abanão noutro individuo e procurar andar ao soco com ele na plateia, com um país inteiro a assistir. Simplesmente execrável.
Bem, o que é certo é que toda esta situação afectou emocionalmente o comentador leonino e, como pessoa honrada e de bem que é, na sequência deste lamentável acidente, decidiu pôr um termo a toda esta palhaçada e anunciou ontem que "tomou a decisão de sair do programa Prolongamento da TVI". "The show must go on" mas vai ter que seguir sem ele. Assim, ficamos todos agora à espera de saber o que é que a TVI tenciona fazer em relação ao Pedro Guerra. Se decidir mantê-lo no programa depois daquilo que fez, mas sobretudo, daquilo que tentou fazer, o canal de televisão irá mostrar uma faceta tão execrável quanto foi demonstrada por este último. Seria a prova de que os meios justificam os fins e que a TVI é capaz de tudo para arranjar audiências, mesmo que seja vender a alma ao diabo. Já há muito tempo que este senhor devia ter sido escorraçado deste programa. Gente desta estirpe é demasiado perigosa e deve ser banida do futebol.





Ps: Soube nesta hora que o Sporting perdeu esta tarde a final da Taça de Portugal contra o Desportivo das Aves, logo, aguarda-se para os próximos dias ou até mesmo horas mais algumas cenas caricatas, como só nós gostamos de fazer, que vão seguramente ajudar a prestigiar o nosso futebol perante o mundo. Parece que já se fizeram algumas detenções e muitas outras se seguirão. Dizem que Portugal é muito Gparecido com Marrocos e não deve ser apenas por causa das cores da bandeira...

Modos de grávida...

Não há dúvidas nenhumas de que a gravidez tem muitas vezes um efeito rejuvenescedor nas pessoas. É a melhor, mais eficaz e mais potente vitamina que se conhece. Traz mais cor à vida, levanta o animo e faz crescer dentro delas um sentimento redobrado de esperança para encarar o futuro. Mas um dos grandes problemas de se estar grávida, é que por vezes o sistema hormonal feminino fica de tal modo afectado, e recebe variações de humor de tal ordem, que, mesmo tratando-se de mulheres aparentemente já bem resolvidas e maduras, muitas vezes podem levá-las a ter que atravessar de novo a sua fase da adolescência, para não ter que dizer da infância. 

Como demonstra bem a indumentária usada por esta senhora aqui, por exemplo...


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Mas porque sou uma pessoa muito compreensiva, e reconhecidamente altruísta, decidi publicar uma música na demanda do que ela deve estar a sentir neste momento, para que não se sinta totalmente desapoiada e dar a falsa ilusão de que é possível ser-se jovem para sempre e talvez assim consiga ultrapassar esta fase com relativa facilidade. Se deixar de aparecer "beijocas" à Rolling Stones nos sapatos pretos tipo bruxa, é porque o pior da fase já passou...


Obrigado Bruno de Carvalho!

E da forma mais inteligente e altruísta que se pode imaginar, Bruno de Carvalho, presidente do Sporting Clube de Portugal, encheu de contentamento os corações portistas e benfiquistas do mundo inteiro, quando, após uma reunião de emergência realizada ontem com o conselho directivo do clube leonino, anunciou aos jornalistas presentes no auditório Artur Agostinho do Estádio José de Alvalade...que não tenciona demitir-se. Para os sportinguistas, seguramente que isso representa uma verdadeira tragédia e a continuidade da crise e do pesadelo que eles estão a ser todos obrigados a suportar desde que elegeram aquele comediante para presidente, mas para nós, portistas, é apenas o indicativo de que o Sporting não vai poder ser campeão nacional tão cedo, logo, a garantia de um rival a menos. Obrigado ó Deus do futebol! Obrigado ó Bruno de Carvalho! Que sejas presidente do Sporting por muitos e muitos anos, e a seguir...que sejas presidente do Benfica por mais anos ainda!


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Sporting, a nova vergonha do futebol...

Simplesmente inacreditável aquilo que tem ocorrido pelos lados de Alcochete nestes últimos dias. Durante a semana passada já tinham havido alguns problemas entre a Direcção do Sporting e o treinador Jorge Jesus, que num primeiro instante, muitos jornais já anunciavam como tendo sido suspenso pelo presidente Bruno de Carvalho mas depois acabaram por dar o dito por não dito e afinal parece que já não tinha acontecido nada - ainda que as reuniões entre o treinador e o seu advogado induzissem o contrário - e foi garantida a presença de Jesus no comando da equipa técnica para a final da Taça de Portugal. Depois foram alguns jogadores leoninos, Rui Patrício e William Carvalho, que na madrugada da passada segunda-feira foram surpreendidos e quase agredidos por alguns adeptos no interior das garagens do Estádio José Alvalade. Mais tarde ainda, surgiram algumas noticias que davam conta de que havia suspeitas do envolvimento do Sporting num alegado esquema de corrupção de árbitros no Andebol e no Futebol, numa operação que já levou a detenção de vários elementos da estrutura leonina e que foi baptizada de "Cashball", e agora, por fim, aparece-nos...isto. Na terça-feira passada, cerca de 50 pessoas, de cara tapada, que, supostamente, seriam adeptos leoninos, invadiram a Academia de Alcochete e agrediram vários jogadores da equipa principal, entre os quais Bas Dost (melhor marcador da equipa), Acuña, Rui Patrício, William Carvalho, Battaglia e Misic, o treinador Jorge Jesus e vários membros da equipa técnica. Dizem que foi pancada da meia noite. Um verdadeiro festival de violência. Algo só visto que certamente deixará orgulhosos todos os delinquentes cadastrados do país quando saírem do posto da GNR e contarem estas peripécias aos amigos nos cafés da aldeia (fui eu que acertei no Bas Dost, fui eu!). Meus amigos, isto é simplesmente intolerável e insustentável, e, doa a quem doer, tem que haver consequências. Já foram ultrapassados todos os limites no futebol e desta forma ele não pode continuar. Se alguém não puser imediatamente um cobro a isto, não tarda nada tudo isto vai transformar-se um verdadeiro faroeste. Não podemos tolerar o vandalismo, o terror, a violência e a delinquência no mundo do futebol. Para esses parasitas ambulantes, não há perdão nem compaixão possível. Há 2 coisas que se impõe fazer neste momento. A primeira é banir com efeitos imediatos todos os privilégios da claque leonina Juve-Leo, suposta autora moral e material destes ataques já que vários elementos pertencentes a esse grupo de adeptos foram apanhados e detidos no local do crime, e cortar qualquer tipo de relação que possa ter com ela. O Sporting não pode admitir de maneira nenhuma que haja uma claque legalizada que tenha tido o atrevimento de invadir as suas instalações e agredir os jogadores que vão disputar a final da Taça de Portugal dentro de alguns dias, jogadores esses que supostamente deviam estar a apoiar, provocando vários prejuízos de ordem social, moral e material para o clube. A Juve-Leo tem que ser irradiada do futebol para servir de exemplo aos outros. Não há discussão possível e é simplesmente impensável que assim não seja. Se não for, então é porque há algo de muito grave está a passar-se dentro da estrutura leonina e seria a prova cabal de que este ataque teve a sua conivência e patrocínio. E isso explicaria também como foi possível aparecer adeptos nas garagens do Estádio José de Alvalade com intenção de agredir Rui Patrício e William de Carvalho, porque, para que eles pudessem entrar lá dentro, alguém tinha que abrir-lhes as portas e facultar-lhes a entrada. O segundo ponto é muito fácil de adivinhar e acho que já se tornou consensual para toda a gente, é a demissão imediata de Bruno de Carvalho. Isto já atingiu todos os limites do suportável e aquele homem é, na minha opinião, muito perigoso para o mundo do futebol. É um ser abjecto que sofre de um complexo de Deus que o leva a procurar incessantemente alcançar maior protagonismo do que todas as equipas desportivas que ficam sobre a sua alçada. Será que alguém ainda tem dúvidas sobre a responsabilidade muito directa e faltosa de BDC para o surgimento de toda esta situação? Desde a eliminação da equipa frente ao Atlético de Madrid para a Taça UEFA que aquele homem só tem trazido polémicas e problemas para o clube que representa. Expôs e humilhou publicamente os jogadores, chamou-os de "Miúdos mimados", maltratou-os, e desde ai perdeu praticamente o respeito que recebia da parte de toda a gente. Perdeu a equipa, perdeu o apoio dos adeptos e de alguns membros da direcção, perdeu a credibilidade, perdeu a sua influência e autoridade, perdeu o respeito que as pessoas sentiam por ele, inclusive o respeito por si próprio, enfim, perdeu tudo. Só um ser extremamente estúpido é que ainda poderá achar actualmente de que BDC continua a ter condições para comandar os destinos do clube leonino. Sejamos sinceros, se ele continuar por lá, não só o Sporting vai continuar a transmitir uma imagem de instabilidade e perder toda a credibilidade que ainda goza com os seus parceiros comerciais, como também se arrisca a afastar o interesse de técnicos e jogadores para as futuras contratações que vier a fazer para a equipa. Mas quem é que quer jogar num clube onde toda a gente está sujeito a ser despedido com processos disciplinares por não usar gravata quando as coisas correrem mal ou de ficar com a cabeça rachada com bastões e ferros às mãos dos adeptos delinquentes dentro das próprias instalações do clube? Porque ninguém se iluda, é esta a imagem que o Sporting está a passar actualmente enquanto o BDC estiver nos seus comandos. As pessoas não são estúpidas e já perceberam muito bem. Em condições normais, aquele homem - que em situações muito menos graves já vimos querer arrebentar com tudo e partir a loiça toda - depois das agressões que ocorreram em Alcochete, mal o galo cantasse já estaria a fazer uma comunicação ao país, com o 3º olho em fúria e a espumar pela boca, prometendo vingança a todos os canalhas que tiveram a ousadia de agredir os seus "meninos", mas que fez ele diante das camaras da Tv? Numa entrevista muito calma, ponderada e relaxada, disse que era uma situação....chata...e que o crime fazia parte do dia-a-dia do futebol...

Simplesmente surreal!


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Costeletas à Salsicheiro

(Post em modo "repeat", retirado do blogue "As receitas do Pensador".)

Hoje foi dia de comer carne. E quem diz hoje diz 90% das refeições que comemos durante a semana. É um pesadelo para qualquer pai cozinheiro pôr esta mocidade a comer peixe, mas também acho que tudo se tornaria mais fácil se o próprio pai gostasse de peixe. Penso que a minha família tem tido muita sorte comigo nesse aspecto. Não gostando o pai também ninguém obriga os filhos a comer. Assim, porque os horários apertaram um bocadinho e não tive tempo de pôr nada a marinar, como tinha um frasco de Pickles no frigorífico fui rapidamente ao MINIPREÇO comprar umas costeletas de porco e resolvi cozinhar um prato que, para além de ser saboroso e rápido, resulta sempre em todas as ocasiões...


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Costeletas de Porco à Salsicheiro 

Ingredientes para 4 pessoas:

  • 6 Costeletas de Porco (3 para o pai e as outras 3 para o resto da família)
  • 1 Lata de Salsichas
  • Pickles a gosto
  • 1 Lata de Cogumelos (ou cogumelos frescos)
  • Sal e pimenta q.b
  • 6 Dentes de alho
  • Vinho branco q.b
  • Sumo de 1 limão
  • 2 Folhas de louro
  • 1 cubo de Caldo de Carne Knorr, Maggi, ou qualquer outro desde que não venha da China.


Preparação:

Temperar as costeletas de porco com sal, pimenta, o alho laminado e o sumo de limão. Regar com o vinho branco e adicionar as folhas de louro. Deixar repousar a carne na marinada por pelo menos meia hora ou mais. Fritar as costeletas em manteiga e um pouco de óleo ou azeite (para a manteiga não queimar). Depois de fritar, retirar as costeletas da frigideira e reserve. Na mesma frigideira colocar as salsichas cortadas em rodelas direitas ou então em rodelas transversais como eu gosto de fazer para dar um certo glamour (glamour salsicheiro, entenda-se). Em seguida colocar também os cogumelos e os Pickles inteiros ou cortadinhos miudinho. Deixar fritar um bocado e adicionar o molho que restou da marinada  juntamente com o cubo de caldo de carne e deixar cozinhar por uns minutos até o molho apurar. Quem quiser, pode também juntar um bocadinho de polpa de tomate ou tomate triturado para dar um sabor mais italiano.
Depois do molho de salsichas estar pronto, colocar esse preparado por cima das costeletas e  acompanhar com batata frita ou arroz branco.



Et voilà, bon appetit!

Israel vence Festival Eurovisão da Canção...e Portugal regou mal o seu jardim...

Previa-se uma tarefa bastante árdua e difícil, e embora já temesse ontem que Portugal não fizesse uma boa figura no Festival Eurovisão da Canção 2018, face à qualidade das músicas apresentadas nesse certame, nunca imaginei que a sua prestação pudesse ser tão fraca a ponto de ser massacrado com o último lugar. Foi uma autêntica miséria. A Cláudia Pascoal regou tanto o seu jardim que acabou por afogar-se nele. Nem os países tradicionalmente conhecidos por acolherem uma grande comunidade de imigrantes portugueses quiseram nada connosco desta vez. Seria possível imaginar países como a França, Alemanha, Bélgica e Espanha não nos darem sequer 1 pontinho que seja para a gente poder palitar os dentes? Se não era possível, agora passou a ser. Abriu-se um precedente. A nossa música era tão má, que até os nossos compatriotas ficaram indignados e apagaram a televisão. Não há dúvidas de que somos mesmo um país muito dado a extremos. Não há volta a dar. Num ano somos os primeiros, no ano seguinte somos os últimos. Só assim nos sentimos bem no nosso corpo e só desta forma é que sabemos trabalhar. Começo a achar que devia dar razão àqueles que diziam que o Salvador Sobral só ganhou o Festival porque aquela história dele estar a morrer e precisar de um novo coração para sobreviver deve ter enternecido o mundo e quiseram dar-lhe uma bonita lembrança antes de ele bater a caçuleta. O mundo gosta de emoções profundas alimentadas por mensagens impactantes, dizem. E dai talvez não, se ela fosse assim tão má como a maioria daquelas que costumamos trazer na bagagem quando participamos em festivais, teria ela merecido honras de ser produzida em várias línguas, cantada por vários artistas, difundida em vários programas, que ocorreram em vários pontos do globo, como acabou por acontecer? Sinceramente não creio. Nós é que estamos viciados nisto, de procurar sempre o melhor e o pior de cada coisa. Se hoje fartámo-nos de elogiar algo, amanhã temos que saber encontrar uma forma de criticá-la. A subjectividade lusa assim o dita. O que é certo é que passou-se assim. A galinha israelita de kimono e pompons na cabeça, atirou milho para a plateia e ganhou o Festival Eurovisão da Canção 2018 com uma música de cocorocó - que este ano irá bater seguramente nas discotecas do mundo inteiro e no próximo ano já ninguém se lembrará que ela existe, a não ser quando for cantada no próximo festival - e vi músicas de calibre muito superior a serem ridicularizadas com os últimos lugares da tabela, excepto Portugal, obviamente, porque o seu último lugar, esse, e ao que parece, provou ter sido merecido. Felizmente que a RTP soube realizar um espectáculo grandioso como há muito tempo não se via na Europa, o que tornou-a digna dos maiores aplausos e elogios que certamente deverão ser feitos pelo mundo inteiro, pois caso contrário...a nossa humilhação teria sido muito mais difícil de digerir.

Agora só devemos voltar a participar na Eurovisão daqui a dois anos, o que não é forçosamente uma má noticia já que para o ano o Festival vai ser realizado em Jerusalém e é provável que aquela cidade tenha deixado de ser um lugar seguro depois daquele idiota do Trump tê-la reconhecida como capital de Israel e ter ordenado a mudança da embaixada norte-americana para lá...

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Haja alegria, disposição e boa música...#2

Esta noite, com a proeminente ajuda da RTP, todas atenções vão estar centradas no Parque das Nações, em Lisboa, para ver a grande Final do Festival Eurovisão da Canção 2018 (Eurovision Song Contest 2018) que vai ser transmitido em directo do Altice Arena para o mundo inteiro. Não disse nada sobre a 2ª Semi-Final realizada no passado dia 10 de maio porque, verdade seja dita, havia muito pouco para se dizer. Em termos de espectacularidade, qualidade na apresentação, efeitos visuais, luz e som, acho que voltou a ser conseguido, e, nesses itens, toda a produção do evento merece uns enormes parabéns, mas em termos musicais acho que a 2ª Semi-Final não teve nem um terço da qualidade adjacente à primeira. Das 10 músicas apuradas, só consegui gostar de quatro, que foram: Ucrânia, Austrália, Dinamarca e Noruega. Tudo o resto para mim foi palha. Ou melhor dizer, são boas músicas porque embora sigam estilos musicais pouco habituais em certames deste tipo, acabam no entanto por fazer as delícias de alguma gente também ela pouco convencional - mas que sabe usar o telemóvel para votar -, mas em termos de qualidade musical são palha quando comparadas às outras. Ou porque tem demasiado folclore (Moldovia), ou porque tem o folclore errado (Sérvia), ou porque plagiaram algumas batidas de músicas já muito conhecidas (a Slovenia), ou porque seguem estilos demasiado ultrapassados que só a comunidade gay parece ainda gostar de ver (Suécia), ou porque ainda há quem confunda barulho com música (Hungria), ou porque tinham uma música country muito fixe e acabaram por foder a música toda com a introdução de uma coreografia muito parva (Holanda). Dois tipos a dançar "Break" numa música Country? Quem foi o infeliz que achou que isso poderia parecer fixe? Ao ver tudo isso fiquei com mais pena ainda por a Grécia e Bielorrússia não terem conseguido passar na 1ª semi-Final. Infelizmente tiveram o azar de ser atirados para o grupo dos mais fortes, porque se o sorteio os tivesse atirado para o grupo dos mais parvinhos que foi esta 2ª semi-Final, qualquer um deles teria passado à grande Final com a maior das facilidades. Seguramente que não teriam ganho a Eurovisão, mas teria sido feita uma maior justiça à música deles.
Não obstante tudo isso, há pelo menos uma garantia. Esta noite promete oferecer aos expectadores da RTP um grande espectáculo de música como há muito tempo não se via por estas bandas. Até parece que a Eurovisão da Canção voltou a ser....a Eurovisão da Canção. Porra, que saudades eu tinha de ver isto acontecer. O Salvador Sobral, quando teve o desprazer de ver a música de Israel na You Tube, no estilo que toda a gente lhe reconhece, afirmou logo que não acreditava ser possível a Eurovisão mudar, mas a realidade porém salta demasiado à vista. Musicalmente, nunca como este ano se viu uma escolha de músicas tão forte e criativa, quer na interpretação, quer na representação, quer musicalmente. Um bem haja. Face aquilo que já tive o prazer de ver, não tenho a mínima ilusão de que a nossa querida Cláudia Pascoal consiga fazer o seu jardim no meio deste paraíso de bons cantores e certamente que irá ficar muito mal classificada na escolha do público já que a concorrência este ano é muito feroz, mas ainda assim acalento a esperança de que ela consiga fazer a melhor figura possível. Assim, enquanto esperamos pelo inicio das hostilidades, publico em seguida todas as 26 músicas que vão estar presentes esta noite no Altice Arena para disputar entre si o troféu de melhor canção do Festival da Canção 2018.


As minhas músicas preferidas foram a Alemanha, Ucrânia, Finlândia e Dinamarca. E as vossas?

Guerra nos prolongamentos...

Eis uma imagem que vale...poucas palavras...e que revela uma constante que foi sintomática durante a época toda de futebol...

 


O Pedro Guerra (Benfica) a falar mais uma vez para o boneco...
O José Pina (Sporting) a braços com umas tremendas dores de cabeça por estar sentado ao seu lado e  ter de ouvir tanta palermice junta...
E o Manuel Serrão a aproveitar o monólogo do Pedro para bater uma linda e merecida soneca...

...sobretudo quando o nível de imbecilidade balofa daquele sujeito é por vezes tão elevado que chega mesmo a paralisar-lhe o cérebro, a ponto de levá-lo ao ridículo de dizer que o campeonato ganho pelo Porto, com todo o mérito, não devia ser homologado, e que os árbitros não quiseram deixar o Benfica ganhar o "Penta" porque estavam sob pressão, quando toda a gente já está mais do que fartinha de saber que há pelo menos 2 anos para cá que o clube encarnado tem sido levado ao colinho por eles. Quem está habituado a viver de favores e só sabe ganhar à conta disso, depois estranha quando os mesmos cessam de acontecer e acaba sempre por dar nesta paródia desconcertante e humilhante de quem nunca soube perder...

Haja alegria, disposição e boa música...

Vi ontem a 1ª Semi-Final do Festival Eurovisão da Canção 2018, que este ano se realiza no Altice Arena, em Lisboa, graças à vitória de Portugal conquistada no ano passado pelo nosso mui amado Salvador Sobral, e confesso que fiquei deveras impressionado com aquilo que vi. Não sei se os países participantes ficaram injuriados com a vitória do nosso "baladeiro" português ou se sentiram o seu apelo quando pediu que a música fosse feita com menos fogo de artificio e viesse essencialmente do coração, mas já fazia algum tempo que não via tanta qualidade reunida num único espectáculo. Foi tão abundante que, confesso, pela 1ª vez na minha vida de "Festivaleiro" não consegui eleger uma música preferida. E ainda só vimos a 1ª parte deste certame, vejam lá. Fico curioso de saber que outras surpresas estão a ser reservadas e como vai decorrer a 2ª Semi-Final que vai realizar-se amanhã dia 10 de Maio. Se a 2ª parte for tão boa como a 1ª...tenho a certeza que vou sentir-me encantado e ficarei com grandes expectativas para o que vai suceder na grande final (Sábado 12 de Maio). De um modo geral gostei dos trabalhos todos apresentados pelos 10 finalistas que conseguiram passar ontem para a fase seguinte, com especial destaque para as músicas de Israel, Chipre, Finlândia, e Estonia, das quais, na minha opinião, uma delas irá ser a grande vencedora deste festival, mas confesso que fiquei bastante surpreendido (e porque não dizer decepcionado) de ver a Grécia e a Bielorrússia ficarem para trás. A Bielorrússia ainda consigo compreender porque nos inícios da música o cantor acusou algum nervosismo e desafinou algumas notas, mas a Grécia...simplesmente imperdoável a maldade que lhe fizeram. A sua música para mim era um assombro. Mas lá está, numa outra altura se calhar estes dois teriam passado facilmente mas como este ano houve demasiada qualidade nesta primeira semi-final, acabaram por pagar o preço de serem apenas boas músicas e não acompanharem as apetências dos mais jovens que adoram ver grandes fogos de artifícios em palco. Entre bons, não basta sermos bons, se quisermos brilhar temos que ser excelentes.
Vou publicar em seguida um video que encontrei no You Tube com todas as músicas que participaram nesta 1ª gala, para que possam também decidir se acharam que houve justiça na votação do público...


Os primeiros dez finalistas do Festival Eurovisão da Canção 2018 são:

Áustria
Estónia
Chipre
Lituânia
Israel
República Checa
Bulgária
Albânia
Finlândia
Irlanda

Os grandes homens da nossa era...

Luís Filipe Vieira afirmou certo dia, enquanto esboçava um sorriso que ia de "orelha a orelhas", que queria ter rivais fortes porque a força deles só engrandecia as vitórias do Benfica. Obviamente que, na altura em que estas afirmações foram proferidas, ele já tomava como seguro a conquista do Penta e jamais lhe passaria pela cabeça (ou pelos bigodes) ver o FC Porto sagrar-se Campeão Nacional de Futebol este ano, às custas de uma vitória arrancada nos últimos minutos em pleno estádio da Luz pelo pé de Herrera, pois caso contrário o discurso escolhido por ele teria sido logo outro. Teria dito algo do tipo "jogo sujo e campeonato sujo", por exemplo... 
Mas porque ainda existe alguma solidariedade e Fair Play no futebol e numa tentativa de demonstrar que nem tudo aquilo que o presidente das águias diz deve cair em saco roto ou servir apenas para adubar terras, no seu discurso da vitória e num momento muito raro de simpatia, o treinador portista Sérgio Conceição acabou por dar razão ao presidente encarnado quando optou seguir a mesma linha de ideias deste último, colocando em foco o facto indesmentível de que a grandeza dos 3 rivais (Benfica, Sporting e Braga) acabaram por dar um maior ênfase à história do Porto e à conquista do seu primeiro titulo de campeão enquanto treinador de futebol. Um bem haja...pois são declarações deste género que mostram de que matéria são feitos os grandes homens da nossa era.

E agora peço-vos desculpa, perdão e licença, mas, ultimamente, só me tem apetecido beber, cantar e festejar...

E o Benfica, contra o Tondela...
Penta ciao, Penta cião, Penta ciao, ciao, ciao...
E para o Porto, a vida é bela...
Ó Penta cião, Ó Penta ciao...



Merci maman...

- Pai, precisamos da tua ajuda numa coisa.
- Hummm....parece ser um assunto sério...
- Não, não é nada demais. Queríamos dar alguma coisa à mãe mas não sabemos o que oferecer.
- Depende, quanto dinheiro tendes?
- Oh pai! (em coro).
- Pronto, pronto...estava a brincar. Também não faço ideia mas acho que não deviam cansar demasiado o vosso cérebro com isso.
- Como assim?!
- Filhos, a vossa mãe é muito especial e diferente de todas as outras que conheço neste aspecto. Não é preciso tentar surpreendê-la demasiado, com prendas extravagantes e coisas caras, porque ela é muito fácil de contentar. Se for uma coisa simples, mas dada com muito amor, isso é tudo aquilo que ela mais deseja receber da sua família neste dia.
- Sim mas às vezes até as coisas simples parecem ser difíceis de escolher...
- Então não vale a pena pensar muito. Uma caixinha de bombons ou um raminho de flores e a vossa mãe irá sentir-se a mulher mais feliz do mundo.
- Só isso Pai? e achas que ela vai gostar?
- Vai pois. Se vai! podem confiar em mim. A única coisa que poderia entristecer a vossa mãe neste dia... é vocês esquecerem-se dela.
...
- Podemos ir todos ao Pingo Doce para ver se encontramos alguma coisa?
- Boa ideia! podemos sim, vamos-lá!

E depois de tanto procurarmos...que melhor forma de agradecer uma mãe do que dizer-lhe simplesmente...Merci (obrigado)?

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Devidamente acompanhado com um lindo Bouquet de Rosas, pois claro, porque as flores conseguem sempre deixar um coração mais feliz... :)

E pela 28ª vez na sua história...

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...E após 4 inusitados, longos e muito penosos anos de jejum, eis que o Dragão se ergue finalmente, qual Fénix renascida das cinzas, e volta a fazer do Porto o novo Campeão Nacional de Futebol. Faltava apenas um ponto para que tal acontecesse e estava totalmente convencido de que amanhã teria sido o dia da confirmação final, no último jogo da época 2017/2018 disputado em casa contra o Feirense - cuja perspectiva de conquistar o titulo fez com que a lotação do estádio esgotasse completamente apenas numa manhã -, e que, prevejo, irá ser carimbado com muitos golos para que não haja quaisquer dúvidas sobre a justeza do vencedor deste ano, cujo titulo de campeão assenta-lhe na perfeição por ter sido muito bem conquistado e inteiramente merecido. Mas desta forma a festa também se faz e não fiquei menos feliz por ver o meu clube do coração sagrar-se campeão no sofá. Pelo menos agora acabou-se finalmente a palhaçada e fez-se justiça no futebol. O Sporting e o Benfica estavam proibidos de empatar o jogo desta noite em Alvalade sob pena de ver o FC Porto sagrar-se automaticamente campeão, mas a verdade é que os dois clubes não conseguiram fazer melhor do que um empate sem golos apesar do árbitro Carlos Xistra ter feito vista grossa a 2 penaltis escandalosos por marcar a favor dos leões, seguindo também ele uma tendência que vimos tantas vezes ser repetida ao longo de toda a época. Mas porque a verdade desportiva é como o azeite e ele acaba sempre por vir ao de cima, com muita determinação, força, coragem, vontade, união e resiliência, contra tudo e contra todos, com a toda a glória e justiça, o FC Porto volta a ser Campeão Nacional com todo o mérito. E agora que o desígnio nacional do "Penta" ficou irremediavelmente perdido para os lados da Luz, mesmo com a ajuda dos emails, dos vouchers, das missas, dos padres, das toupeiras, da operação lex, e da droga a entrar pela porta 18, talvez seja chegada a hora do Governo, da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e da Liga Portuguesa de Futebol (LPF) começarem a ganhar alguma coragem para darem a cara e fazerem uma limpeza decisiva nos bastidores do futebol português para limpar de uma vez por todas toda esta podridão, poluição e vergonha, que infestam o ambiente e tomaram de assalto o mundo da bola, para que este lindo desporto possa voltar a brilhar e orgulhar-se do papel que ocupa na sociedade. E para que volte a ser possível um pai levar um filho ver um jogo de futebol ao vivo sem que corra o risco de ser espancado ou morto às mãos de uma claque delinquente ilegal. Os últimos 2 anos, que conduziram ao Tri e ao Tetra do Benfica foram particularmente tristes, com muito "colinho" e favorecimento a mostrar-nos claramente que a Mafia não vive só na Itália, mas este ano foi tão degradante e vergonhoso...que cheguei mesmo a pensar seriamente em desistir de ver futebol. Para mim ver um clube conquistar títulos à custa da batota, corrupção, e outra série de ilegalidades, vai contra tudo aquilo que mais amo na vida e todos os valores que defendo. Assim, se o Benfica tivesse conseguido conquistar o almejado "Penta", teria sido simplesmente a maior palhaçada alguma vez assistida no futebol português. Felizmente que isso não aconteceu, e quem ganhou com isso foram os verdadeiros amantes do futebol praticado dentro do campo, e talvez esta época estrondosamente falhada volte a trazer alguma humilde para os lados da Luz, de modo a fazê-los meditar sobre a sua conduta e tudo aquilo que aconteceu este ano, porque por mais amor que se tenha a um clube...há certos princípios morais que devem prevalecer acima de todos e, contrariamente ao que se pensa, os fins nunca podem justificar os meios.

Parabéns para toda a equipa! Parabéns ao clube! Parabéns à SAD portista! Parabéns ao Pinto da Costa e todo o Staff da equipa!...Parabéns ao porteiro, ao roupeiro e ao apanha bolas!...mas sobretudo...muitos parabéns ao nosso grande grande treinador Sérgio Conceição, sem sombra de dúvidas a maior figura deste titulo, porque conseguiu ser campeão num ano em que o clube não investiu quase nada e soube recuperar jogadores que estavam emprestados (Marega, Aboubakar, Sérgio Oliveira) e transformá-los em figuras determinantes para a conquista do titulo.

Gostei de ler...

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E quem diria que um dia iríamos sentir saudade da nossa infância, se o nosso maior desejo era crescer...
(Autor desconhecido)

Os pequenos instantes da Paz e da Guerra...

"A vida é feita de instantes. Num instante se faz a paz e noutro instante se faz a guerra...e há aquele instante em que o mundo não reconhece nenhum desses dois"

Dizem que a Coreia do Norte e a Coreia do Sul voltaram a apertar as mãos e fizeram as pazes. Dizem, sim, mas será que devemos confiar nisso? É que nem sempre um aperto de mãos traduz um cenário de paz e nem sempre uma vontade de paz se resolve num aperto de mãos. Desde a famosa guerra que ocorreu naquela península entre 1950 e 1953, cerca de 2 anos após a divisão das duas Coreias, que aqueles dois países nunca mais se entenderam e tornaram-se inimigos mortais. Eram duas correias desengrenadas cujo movimento libertado por cada uma delas era influenciado por forças externas muito distintas que designaram aquela região como um ponto chave para travar uma espécie de jogo de poder geo-politico. O Norte recebia o apoio da China e da extinta União Soviética comunista e o Sul recebia o apoio dos Estados Unidos da América. Naquele tempo era assim, tudo servia de pretexto para haver uma disputa entre comunistas e democratas - como aqueles miúdos que gostavam de mostrar a pilinha na escola para saber qual deles tinha a maior -, mas como nenhum dos dois desejavam a guerra nem tinham coragem para dar o primeiro tiro já que ambos tinham poder atómico suficiente para se destruírem um ao outro, criavam estes "conflitos" para fazer demonstrações de poder e assumir posições estratégicas em vários pontos do globo terrestre. A divisão entre as duas Coreias não foi nada mais nada menos senão uma réplica quase tirada a papel químico da situação ocorrida na Alemanha após a guerra de 1945 que dividiu o país em dois e que culminou na criação da RFA - República Federal Alemã (Alemanha Ocidental - Democrata) e da extinta RDA - República Democrata Alemã (Alemanha Oriental - Comunista). E como foi tirada a papel químico, o resto da história também é muito fácil de adivinhar. Durante vários anos, fruto da recuperação económica que os países do mundo inteiro tentavam fazer após o fim da 2ª Guerra mundial, as duas Coreias tiveram uma evolução parecida, mas a partir dos anos 80 a Coreia do Sul, tal como sucedeu à RFA, apoiada pelos investimentos e ensinamentos capitalistas americanos, caminhou a passo de galope em direcção ao sucesso, progresso e modernismo, que a levaram a ser hoje uma das 15 maiores economias do mundo, e a Coreia do Norte, tal como sucedeu na RDA, enquanto vassalo dos comunistas, continuou a caminhar a passo de caracol com uma evolução muito abaixo do seu potencial, depois parou de crescer e deixou-se ficar para trás, estagnou durante largos anos, e acabou mesmo por regredir até tornar-se no parasita que se conhece hoje. O mais engraçado é que, tal como a RDA, apesar de viver debaixo da alçada de um regime autoritário e opressor, o nome verdadeiro da Coreia do Norte é "República Popular Democrática da Coreia". É verdade, parece que estamos perante o conceito democrático mais estranho jamais visto até hoje. Já o Charles Bukowski afirmava que a diferença entre uma democracia e uma ditadura é que numa democracia temos a liberdade de podermos votar antes de sermos obrigados a obedecer às ordens. Assim, talvez a dinastia dos "Kim's" fosse particularmente sensível aos recitais coloquiais do Bukowski, que apreciava relacionamentos baratos e uma vida recheada de álcool, e quando percebeu as reais necessidades da sua população, sentiu o seu apelo e acabou por afastar dela o fardo de ter que ir às urnas considerando apenas produtivo a parte do ter que "obedecer às ordens".

Bem, o que é certo é que ultimamente tudo parecia estar a correr mal e o mundo ameaçava mergulhar novamente no abismo. Como resultado de várias décadas a viver em total sacrifício e das centenas, milhentas ou trilhentas sanções económicas impostas à Coreia do Norte pela ONU (Organização das Nações Unidas) devido às violações sucessivas que ela perpetrava contra os direitos humanos, o governo de Pyongyang começou a desenvolver um programa nuclear de modo a criar armas argumentos capazes de sacudir a pressão internacional existente à volta dele e, suspeito, fazer com que pudesse também deixar de ser tão subserviente face à China. O certo é que ela foi tão determinada e persistente no seu objectivo que acabou mesmo por ser bem sucedida. Construiu a sua "Bomba nuclear" e, como se não bastasse, quis demonstrar que o seu poder militar não tinha apenas um alcance regional mas também uma visão global, com recados óbvios para a América. O resto já todos nós sabemos, foi aquilo que temos assistido até agora. De um lado tínhamos o grande líder Kim Jong-Un, também conhecido por "Rocket Man", a testar os seus misseis e a mandar toda uma série de provocações aos países vizinhos, criando grande tensão na região, e do outro tínhamos o nosso Pato "Donald", também conhecido por Donald Trump, a esfregar as mãos de contente perante a possibilidade de poder enriquecer às custas da Lockheed Martin, da General Dynamics e restante indústria bélica americana. Uma guerra só pode ser travada com armas e a América tem pelo menos 12 empresas fabricantes delas por sustentar, caso contrário...o mundo se calhar não teria guerras. Também em jeito de provocação, o nosso "Pato" tratou logo de lançar um novo pacote de sanções e mandou o porta-aviões nuclear norte-americano "Carl Vinson" e outros navios de guerra fazer exercícios militares na península da Coreia para ferir ainda mais o orgulho norte-coreano e levá-lo ao desespero de ter de ser ele o primeiro a atacar - para depois poder ripostar em jeito de legitima defesa -. Acho inclusive que houve um momento em que o mundo já estava a consciencializar-se de que não havia outro modo de conseguir resolver esta ameaça e já só esperávamos saber quando é que seria dado o primeiro tiro para que as hostilidades pudessem ser abertas. E quando tudo previa uma guerra...eis que surgiu um sinal de paz da parte daquele que menos se esperava. A Coreia do Norte, e dizem que é uma paz bem intencionada e verdadeira. Dizem...e eu acredito que seja verdade.

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Primeiramente devo dizer que acho absolutamente patético aquilo que a comunicação social está a tentar fazer actualmente, tentando eleger o Pato Donald como grande responsável deste volte-face a ponto de querer sugerir o nome dele para Nobel da Paz. Eu sei que o Pato vai fazer de tudo por tudo para assumir o papel de grande protagonista desta história de amor ressuscitado mas, se isso viesse a acontecer, seria uma hipocrisia tremenda, uma ofensa e um erro extremamente grosseiro que mancharia a galeria das pessoas integras e honradas que ganharam esse prémio. Donald Trump é responsável sim, mas não pelos motivos que se conhece. Foi o facto de ele ser tão insensível e maluco que incentivou as duas Coreias a voltarem-se de novo uma para a outra. Talvez haja quem me queira apelidar de sonso ou anjinho por estar a dizer isto mas eu acredito que a Coreia do Norte tenha desejado desde sempre essa paz, mas como vivemos numa sociedade cuja subjectividade dos habitantes é constantemente excitada pela panóplia de emoções impactantes que os "mídia" tentam sempre provocar nas pessoas e pela verdade que muitas vezes eles se coíbem de revelar, é natural que esta minha afirmação possa parecer-vos um perfeito disparate. Isto é conforme a inclinação do campo. A Coreia do Norte está para o mundo civilizado, como o FC. Porto está para os benfiquistas a verdade desportiva do mundo do futebol, e ai de quem ousar rebater essa ideia. Uma verdade por vezes pode tornar-se aborrecida quando ela trabalha contra nós e, no meio jornalístico, costuma-se dizer que nunca devemos deixar que uma verdade possa estragar uma boa história. Mas a verdade, porém, feliz ou infelizmente, é que há muito mais a conseguir unir as duas Coreias do que aquilo que consegue separá-las. Partilham o mesmo nome, falam a mesma língua, tem a mesma cultura gastronómica e ocupam o mesmo território (península). Ou por outras palavras, apesar das diferenças, nunca deixaram de ser irmãos. E por serem irmãos, sofriam ambos do mesmo mal de família. O orgulho. Assim, acho que esses dois países sempre quiseram fazer as pazes mas nenhum dos dois queria fazê-lo na condição de nação derrotada. Ambas queriam fazê-lo de cabeça erguida, sem medos e sem o sabor da espada encostada à garganta. Foi por isso que a Coreia do Norte desenvolveu o seu programa nuclear. Ela queria ter a possibilidade de poder olhar nos olhos dos seus inimigos de igual para igual e provar ao mundo que tinha condições para arrebentar com ele se tal fosse o seu desejo. E tinha na verdade, ou se não tinha, pouca faltava para ter. E é também por isso que eu acho que esta nova aliança formada entre os dois tem todas as condições para dar tudo certo. Desde que não falte o pão...nenhum dos dois negará ao outro a sua razão. O jogo do poder passou a contar com um novo jogador. Agora que o Kim Jong-Un tomou consciência do seu poder no mundo, já não precisa de se esconder nem de temer mais ninguém à sua volta. Agora que o Kim tomou consciência do seu poder...chegou a hora de reclamar o seu lugar por direito na mesa das nações poderosas, para deixar finalmente de ser visto como um peão e passar também ele a brincar com os destinos dos outros.

Dizem que a Coreia do Norte e a Coreia do Sul voltaram a apertar as mãos e fizeram as pazes. Dizem...e estaremos todos aqui para ver até quando ou até que ponto isso se tornou verdade...