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Delicia-me particularmente ver alguns emigrantes que estão a chegar por esta altura para passar as suas férias em Portugal, depois de, num passado mais ou menos recente, terem ganho alguma má fama na freguesia e saído dela com uma mão à frente e outra atrás para tentar melhor sorte no estrangeiro, e vê-los agora a conduzir um bruto carrão (seja do próprio, roubado ou alugado, isso pouco importa), armados agora em grandes patriotas, buzinando a alto e bom som quando passam junto dos cafés e levantando bem a mão para o pessoal que está na esplanada, como quem está a dizer-lhes:"Olhem cambada de morcões, olhem para mim agora!" e depois não ver ninguém retribuir-lhes o aceno de volta. Delicia-me ainda mais vê-los ao fim de 15 dias, depois de terem bebido uma boa dúzia de finos com Martini ou cervejas, a lamentarem-se da vida com um qualquer outro bêbedo que conseguiram "agarrar" no balcão do café - e que só está lá para beber à custa dele - , dizendo que as pessoas da freguesia estavam cheias de manias e que só lhe tinham inveja, porque quando passava por eles a maioria fingia não o ver ou esforçava-se para não o reconhecer. Não percebo a lógica destes indivíduos. Vão para o estrangeiro com o propósito de ganhar bom dinheiro, comprar um bom maquinão e meter raiva à freguesia como se estivesse a vingar-se ou a cuspir nela e depois ficam chateados por ver o pessoal...sentir raiva dele? Mas não foi esse precisamente o propósito que ele queria atingir? Quem trabalha para provocar a raiva de alguém pode esperar receber admiração, respeito ou amor de volta? Se mete nojo, recebe nojo, é assim tão complicado entender isso? É como eu sempre digo: Não serve de nada ficar mais rico (ou mais abastecido vá lá) se a mentalidade da pessoa continuar pobre como sempre.
Mais um tema digno de pano para mangas. Lamentavelmente, esse género ainda existe. Obviamente há de tudo, assim como há quem tenha conseguido por cá a sua sorte e depois também consegue ter carrões e afins...
ResponderEliminarAcho piada quando falam alto, de modo a "aparecer" para o vizinho apreciar. Como se lá fora tudo fossem rosas...
Por vezes algumas pessoas passam por ridículas e sem necessidade, mas metem-se a jeito.
Repito, há de tudo mas não deixa de ser verdade o que referes, pois ainda acontece. Facto.
Gosto de ver o cachecol ou a bandeira portuguesa nos ditos carros, acho lindo (Ah, a ironia!). :)
Compreendo que eles queiram atingir uma certa supremacia sobre os outros mas o problema deles é não perceber que ninguém gosta de ser gozado ou humilhado. Ainda para mais o povo português sempre gostou muito de ser bajulado mas nunca gostou de bajular ninguém, logo, isto só podia dar trampa da grossa. :)
EliminarÉ mais a necessidade de demonstrarem que passaram a ser alguém...no mundo das aparências.
ResponderEliminarBeijos
Não sei não nina. Mesmo o mais insignificante dos mortais acha-se mais importante que todos os outros. Isso é algo que é intrínseco ao ser humano. Vou mais pela via de querer afirmar a sua supremacia face aos outros, mesmo que seja só aparente.
EliminarBjs