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Se houve quem não tenha reparado, ontem foi domingo de Páscoa e se há coisa que adoro neste dia é que, a cada ano que passa, ele parece-se cada vez mais com o Natal. A única diferença ainda visível a olho nu, pelo menos para já, é que na quadra natalícia temos a loucura dos presentes do Pai Natal, da aletria, das rabanadas, dos sonhos fritos, do arroz-doce, do bolo-rei e da bola-rainha, do Pão-de-ló e do bolo podre, do bacalhau cozido com molho de cebolada, do polvo à lagareiro, do peru recheado, da polarda e do capão, do borrego assado no forno, do camarão salteado, do tronco de Natal, do sortido de bolachas...(e mais outras coisas que infelizmente não consegui comer devido às manifestas limitações estomacais que acompanham a minha condição humana), enquanto que, a Páscoa, é sobretudo a loucura das prendas do padrinho e da madrinha, do ovo de chocolate, das amêndoas francesas, simples ou com recheio de chocolate de leite, dos chocolates de várias marcas, do coelhinho da Páscoa, do folar de ovos, da tarte de amêndoa, da trança enrolada com creme de avelãs, do Pão-de-ló cremoso, das broas de ovos moles, das trufas de chocolate, da regueifa de maçã, do bolo de chocolate e mousse, dos beijos de freira e dos bombons, do bacalhau à Gomes Sá, do cabrito assado com batatas, da perna de borrego assada...(e mais algumas coisas ainda mas eu ainda não consegui recuperar do Natal). Se perguntarmos a alguém (que não seja padre ou até mesmo o Papa) para que serve as festividades do Natal ou da Páscoa, se calhar alguns vão ficar a olhar para nós como se tivessem levado um murro no estômago (nossa...que violência...), enquanto outros são capazes de fazer aquele ar que faria um burro no meio do pasto se lhe fosse perguntado a utilidade do papel higiénico. Para algumas pessoas, que ainda acreditam estar ligadas a essas coisas da religião/tradição, ainda que muito raramente o padre consiga vê-las na missa, a Páscoa é sinónima de flores que são espalhadas pelo chão para receber o "compasso" e da nota de 5 euros que se mete carinhosamente numa envelope para pagar a "bula", com um nome identificativo muito mal escrito para que não seja possível lê-lo e
AS tradições vão acabando e dão passo a muito consumismo tb
ResponderEliminarAbraço
https://caminhos-percorridos2017.blogspot.pt/
Não podia estar mais de acordo!
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