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À hora em que escrevo este post, soube através da CMTV que já existem 62 mortes confirmadas nos terríveis incêndios que no passado sábado fustigaram a região de Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, de entre as quais contam-se 4 crianças e 30 pessoas que ficaram encurraladas ao tentar fugir das chamas e morreram carbonizadas dentro do seu próprio veículo. Nunca se viu nada assim. É um verdadeiro horror. Uma grande tragédia. Traduzida na mais horrível forma de morrer que se pode conhecer. O maior pesadelo para o ser humano e a prova de que a religião está profundamente errada sobre as origens da nossa criação. A ser verdade de que fomos feito do pó, como podemos nós servir de combustível? o pó não arde. Ou pelo menos não deveria arder. Para aliviar um pouco a dimensão da tristeza que uma situação destas consegue provocar na minha alma, guardo a esperança de que todas essas vitimas tenham desmaiado com o calor antes de serem atingidas pelas chamas. Caso contrário, a ideia por si só torna-se insuportável. Imaginar toda aquela gente, aflita, angustiada, a fugir daquele inferno, e a tentar salvar a sua família. É horrível. É ruim demais pensar nisso. E se é mau para mim, imaginem como deverá ser para a família das vitimas.
Todos os anos acontece este flagelo. E todos os anos morre gente devido a isso. É deveras impressionante. Desta vez, porém, ninguém necessitará de viver mal com a sua consciência porque, ao que parece, a origem destes incêndios foram de causas naturais. Mas nem sempre é assim. Ou melhor, raramente é assim. Seja por interesses mobiliários, económicos ou financeiros, seja por doença psíquica, maldade dos homens, ou então simplesmente devido à aselhice, egoísmo, e/ou falta de sentido cívico do ser humano, a verdade é que todos os anos conseguimos destruir uma parte considerável do nosso património natural, cujo valor é incalculável e insubstituível. Estamos a matar a nossa flora - que traduz a maior beleza do nosso país -, com pontas de cigarro, garrafas de vidro partidas, esquecidas, e fogueiras mal apagadas de piqueniques. O ser humano tornou-se um fardo demasiado pesado para o planeta a partir do qual foi gerado. Comporta-se que nem aquele cretino que cospe no prato no qual acaba de comer. Um idiota, um tolo, e o mesmo ingrato de sempre. Mas uma ingratidão que poderá ficar-lhe caro no futuro. Para o dia em que ele quiser levar os seus filhos a passear para respirar o ar puro da natureza e ele já só existir engarrafado dentro de botijas....que guardarão dentro delas a memória de tudo aquilo que fomos e não fomos no passado.
(Ps: Peço desculpa a quem já tenha comentado, mas por uma questão de respeito às vitimas de Pedrógão Grande, o post anterior foi retirado temporariamente e será postado após terminar o período de 3 dias de luto decretado pelo governo. Obrigado)
(Ps: Peço desculpa a quem já tenha comentado, mas por uma questão de respeito às vitimas de Pedrógão Grande, o post anterior foi retirado temporariamente e será postado após terminar o período de 3 dias de luto decretado pelo governo. Obrigado)
Eu nem consigo ter palavras para descrever esta situação. :(
ResponderEliminarNão consegues...porque não há palavras que possam descrever isto. Apenas o respeito e o silêncio fazem sentido nesta hora. :(
EliminarNão há palavras, de facto. É muito triste. Todos os anos o mesmo cenário devastador.
ResponderEliminarMas nunca se viu tal. 62 mortes? Isto é surreal...
EliminarUma dor de alma saber que o ser humano ajudou a provocar esta tragédia com a plantação de eucaliptos, a falta de cuidado florestal, a falta de guardas florestais...
ResponderEliminarS*, foi uma tragédia quase impossível de adivinhar que pudesse acontecer. É daquelas situações em que, tudo aquilo que poderia correr mal...acabou por correr. Caso contrário todos os anos haveria tragédias destas e, que me lembre, acho que é a primeira vez que se assiste a algo assim.
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