A gente só se dá conta do quanto o nosso país é pobre....quando vê um tipo bem vestido - calções Franklin Marshall, polo Lacoste, óculos de sol Ray-Ban e chinelos de couro - sair com muito estilo do seu Mercedes Classe S e urinar contra o arbusto que estava plantado junto a uma das paredes laterais do Maxmat, sabendo que lá dentro havia uma casa de banho e do outro lado da rua (cerca de 6 metros) tinha um hipermercado Continente com casa de banho também. Está visto, hoje mais do que nunca, que o dinheiro continua a fazer crescer muita coisa na vida menos o tamanho do cérebro das pessoas que, em alguns casos, continua a ser do tamanho de uma noz. De que vale ser rico, e ter tudo ao seu alcance, se a mentalidade da pessoa continuar pobre como sempre foi?
Já a minha avozinha que só tinha a 2ª classe dizia que o dinheiro não dava educação. :)
ResponderEliminarBeijo
Não dá....porque a boa educação não tem preço!
EliminarInfelizmente é verdade!
ResponderEliminarPor vezes sucede que o estatuto sobe tanto ao cérebro do tamanho de uma ervilha, que as pessoas acham que podem dizer e fazer tudo apenas porque possuem uma conta bancária recheada. É só triste e lamentável.
Inicialmente achei que o post seria sobre o Donald Trump. Rica peça também, sem dúvida. Enfim...
Não foi um post sobre Donald Trump, mas, a avaliar pelo comportamento, parece quase um discípulo dele.. :)
EliminarNa realidade a 1º vez que li o seu texto senti-me solidário e concordante. E ainda acho que de facto a educação que é coisa que também se aprende [e por isso não serve (completamente) de desculpa o meio em que fomos adestrados etc e tal). Mas depois li uma segunda (e se calhar mais algumas) e tenho que fazer alguns reparos, (perdoe-me o atrevimento, e não entenda as minhas palavras como uma lição, ou que ache que sei mais do que qualquer, acho até que sei muito pouco, é apenas a minha opinião): 1º dizer que o país é pobre como se isso fosse sinónimo de falta de educação e depois mais abaixo associar também uma mentalidade pobre ao mesmo significado é um bocadinho preconceituoso pois como saberá a riqueza material não baliza o nível de educação de ninguém - quanto muito os "pobres" não terão o polimento necessário para almoçar no Ritz porque simplesmente ninguém lhes ensinou mas isso é muito diferente de ser educado (aliás, a minha experiência têm-me demonstrado que a haver uma correlação seria inversa às posses de cada um). Segundo, o tema principal do texto, ou seja o urinanço do Sr. quando o poderia ter feito num wc relativamente próximo - também aqui não tenho a certeza de que o tal Sr. agiu mal, e explico porquê: não sabemos a urgência da necessidade que o Sr. enfrentava, quando se encostou ao arbusto podia até já ter chegado tarde depois de ter sido incapaz de conter-se ainda no automóvel - aliado a esse desconhecimento da urgência ou não, há também uma perspetiva mais difícil de explicar e de aceitar que é o prazer que é urinar num arbusto ou se quisermos ser mais genéricos, na natureza – não justificará a satisfação de um prazer tão básico a fugir para o animalesco o risco de sermos impudicos e vá um bocadinho emporcalhados, mas às vezes na nossa vida tão certinha e cheia de regras e de não-faças-istos estes prazeres pré-civilizacionais são aquilo que nos resta para nos lembrar-mos que somos apenas humanos. Dito de forma mais simples, só quem já experimentou urinar no meio de uma floresta quando está mesmo à rasquinha é que perceberá o que digo. Se nunca o fez experimente, mas é obvio que aconselho que seja feito num local mais selvagem – eu teria ido à Maxmat, mas nunca se sabe quando será o dia em me que apetecerá mandar tudo para as urtigas e adubar um arbusto só porque sim 😊
ResponderEliminarSolo, não é atrevimento nenhum da sua parte é apenas sentido critico.
EliminarSim, de facto associei a pobreza do nosso país à existência de uma mentalidade tendencialmente baixa. Não se iluda, uma coisa está irremediavelmente ligada à outra. Ninguém espera nada de um pobre, mas espera-se sempre mais de quem tem a maior cota de responsabilidade de dar o melhor exemplo. A riqueza material não baliza o nível de educação mas escusava de deixar os seres humanos tão cretinos. Se tinha urgência na sua necessidade de "aliviar", não percebo porque perdeu tanto tempo a procurar o arbusto quando tinha o seu carro mesmo ali à mão. Diga-se assim, o maior gerador de riqueza é saber estragar apenas aquilo que é dos outros, neste caso de todos. Se procurava satisfazer um prazer animalesco, há sítios adequados para isso como o sr tão educadamente sugeriu. Nós não podemos viver como se estivéssemos numa ilha e não existisse nada para além de nós. Vivemos em comunidade e temos que saber respeitar a liberdade dos outros e os direitos que lhes são inerentes. Pode aquele sr achar que tem o direito de urinar contra aquele arbusto mas, em contrapartida, pode uma criança também achar-se no direito de brincar às escondidas com os amigos e esconder-se precisamente atrás daquele arbusto. Se aquela criança fosse um filho seu, estou certo que as minhas palavras já lhe pareceriam menos preconceituosas. :)