Imagem da Net |
São as maiores e mais comentadas notícias do dia. Ontem em Vilar do Torno e Alentém, Lousada, nas festas da Senhora da Aparecida, aquele que é considerado ainda hoje pelo Guinness como sendo o maior andor do mundo, com cerca de 22,5 metros de altura (correspondente a 7 andares) e 1,5 toneladas de peso, caiu à saída da igreja por descuido do grupo de 80 pessoas que o transportava (cerca de 19 kg por pessoa), causando ferimentos em 7 pessoas. Hoje, no Funchal, quando se realizavam as festividades do arraial do Monte, passava pouco mais do meio-dia quando uma árvore centenária de grande porte caiu pela raiz e esmagou a multidão presente no Largo da Fonte que assistia à missa e aguardava ansiosamente pela saída da procissão. Deste trágico acontecimento resultaram até esta hora 11 pessoas mortas e mais 35 que ficaram feridas.
E é nestes momentos, quando os motivos de uma tragédia parecem difíceis de explicar, que toda aquela gente de fé, mesmo aquela que não ousa fazê-lo em voz alta, costuma pensar para si própria: Mas porque deixou Deus acontecer uma coisa destas? Porque foi Deus deixar que uma árvore caísse e matasse pessoas inocentes que só estavam aqui a venerá-lo e a rezar para ele?
São perguntas que se repetem desde os primórdios da criação da religião católica e para as quais o homem nunca obtive nem nunca obterá nenhuma resposta por motivos que bem conheço mas com os quais não gosto de brincar porque a religião assume um papel demasiado importante na vida de muitas pessoas e é má educação brincar com um assunto tão sensível. Muitos dirão que não foi Deus mas sim o Diabo que estava lá presente e quis sabotar a alegria daquela gente. Outros dirão que foi a mão de Deus que quis castigar a soberba dos homens e ensiná-los a prestar mais atenção à verdade das suas palavras do que aos decotes e rabos de saia curta que costumam desfilar pelas festas. Outros ainda, que não gostam de acreditar em nada e dão-se à liberdade de fazer pouco de tudo, dirão que isto foi tudo fruto das disputas que tem havido entre Deus e o "coisa ruim" e que nem o andor nem a árvore conseguiram aguentar a pressão da luta. Fosse como fosse, o certo é que nesta história acabaram por morrer pessoas inocentes. Pessoas que nada percebem sobre os cósmicos (ou cómicos) desígnios de Deus.
Mas as vezes dá-me para pensar na espantosa coincidência que liga todos estes acontecimentos. Será que os paladinos da verdade tem realmente razão? Será que existe mesmo um Deus a castigar a soberba dos homens? Ou será isto um sinal de que a igreja católica está prestes a cair por terra como se fosse o prelúdio de uma morte anunciada? É sabido, e muito compreensível, que a Igreja tenha sempre procurado criar coisas que fossem espantosas à vista para atrair fieis, alimentar a "máquina" da "Opus Dei" e poder encher os seus cofres, porque se fosse apenas para rezar terços a esta hora as igrejas já estariam todas vazias. Fátima, Lourdes e o Vaticano são os mais excelentes exemplos disso. Por vezes, quando me dá para ser particularmente sarcástico, costumo dizer que a religião só teve o sucesso que teve por haver pecados, porque se não houvesse nada disso, ninguém lhe ligaria nenhum. Assim, como toda a gente gosta de pecar...a igreja tem o seu futuro garantido. Poderia dar-me para ser mais espiritual e acreditar por um dia que fosse que existe uma força divina que nos comanda e é responsável pela nossa presença no mundo, mas como sou um caso clínico sem salvação possível, pelo menos na perspectiva religiosa, prefiro acreditar que tanto um acontecimento como o outro foram apenas coincidentes e resultaram unicamente devido à estupidez dos homens. O tipo de estupidez que leva, por exemplo, os eruditos do costume a querer segurar árvores com 200 anos e todas ocas por dentro com cabos de aço só para não estragar a beleza e a imponência de um lugar que muitos apelidam de "sagrado". Enquanto os cabos foram novos aposto que fizeram bem o seu trabalho, mas também aposto que os tais eruditos nunca ouviram falar em coisas muito estranhas chamadas: Oxidação e Ferrugem. E como em Portugal as autoridades nunca fazem vistorias a nada e para eles as coisas estão sempre boas e seguras até que um dia se lembram de cair...é muito fácil de imaginar o resto.
Olhem, sabem do que eu sinto realmente pena? Sinto pena daqueles pais, filhos, tios e tias, primos e primas, avôs e avós, que estavam ali todos reunidos, felizes, na calma de "Deus", julgando-se seguros enquanto contemplavam a beleza daquele lugar, longe dos incêndios, das confusões, do barulho das cidades, das guerras e dos ataques terroristas, até que de repente...paff...tudo se apaga...porque alguém não quis fazer o seu trabalho. Está visto, nunca ninguém estará seguro em lugar nenhum enquanto o ser humano tiver a responsabilidade de comandar o mundo.
Mas as vezes dá-me para pensar na espantosa coincidência que liga todos estes acontecimentos. Será que os paladinos da verdade tem realmente razão? Será que existe mesmo um Deus a castigar a soberba dos homens? Ou será isto um sinal de que a igreja católica está prestes a cair por terra como se fosse o prelúdio de uma morte anunciada? É sabido, e muito compreensível, que a Igreja tenha sempre procurado criar coisas que fossem espantosas à vista para atrair fieis, alimentar a "máquina" da "Opus Dei" e poder encher os seus cofres, porque se fosse apenas para rezar terços a esta hora as igrejas já estariam todas vazias. Fátima, Lourdes e o Vaticano são os mais excelentes exemplos disso. Por vezes, quando me dá para ser particularmente sarcástico, costumo dizer que a religião só teve o sucesso que teve por haver pecados, porque se não houvesse nada disso, ninguém lhe ligaria nenhum. Assim, como toda a gente gosta de pecar...a igreja tem o seu futuro garantido. Poderia dar-me para ser mais espiritual e acreditar por um dia que fosse que existe uma força divina que nos comanda e é responsável pela nossa presença no mundo, mas como sou um caso clínico sem salvação possível, pelo menos na perspectiva religiosa, prefiro acreditar que tanto um acontecimento como o outro foram apenas coincidentes e resultaram unicamente devido à estupidez dos homens. O tipo de estupidez que leva, por exemplo, os eruditos do costume a querer segurar árvores com 200 anos e todas ocas por dentro com cabos de aço só para não estragar a beleza e a imponência de um lugar que muitos apelidam de "sagrado". Enquanto os cabos foram novos aposto que fizeram bem o seu trabalho, mas também aposto que os tais eruditos nunca ouviram falar em coisas muito estranhas chamadas: Oxidação e Ferrugem. E como em Portugal as autoridades nunca fazem vistorias a nada e para eles as coisas estão sempre boas e seguras até que um dia se lembram de cair...é muito fácil de imaginar o resto.
Olhem, sabem do que eu sinto realmente pena? Sinto pena daqueles pais, filhos, tios e tias, primos e primas, avôs e avós, que estavam ali todos reunidos, felizes, na calma de "Deus", julgando-se seguros enquanto contemplavam a beleza daquele lugar, longe dos incêndios, das confusões, do barulho das cidades, das guerras e dos ataques terroristas, até que de repente...paff...tudo se apaga...porque alguém não quis fazer o seu trabalho. Está visto, nunca ninguém estará seguro em lugar nenhum enquanto o ser humano tiver a responsabilidade de comandar o mundo.
Este Verão está a ser verdadeiramente trágico.
ResponderEliminarE a juntar à tragédia dos números e à dor dos familiares e amigos das vítimas, junta-se a indignação de sabermos que mais de 90/ das situações que têm ocorrido se devem a dolo e/ou negligência.
Negligência essa que depois ninguém quer assumir e aparece logo o famigerado jogo do empurra que limpa tudo, mantém o povo entretido e salva os criminosos da cadeia. Mais trágico do que este verão, só mesmo esta nossa mentalidade... :(
Eliminar