Ontem, quando procurava na Net mais informações sobre a queda da árvore centenária no Funchal, deparei-me com esta noticia do DN que mostrava as imagens de um video amador que filmou o momento em que a árvore caiu e que relatava ter havido testemunhas a indicar que a dita árvore estaria presa com cabos de aço e que o tronco estava oco. Informações essas que também foram confirmadas pelo site do jornal "Expresso" no dia em que a tragédia ocorreu. Hoje quando tentei aceder a essa notícia através do link que indiquei, reparei que a página tinha desaparecido misteriosamente mantendo-se no entanto disponível no site de pesquisas da Google. Como sou um tipo inteligente, descobri que o conteúdo da página foi apenas colocado em "cache" talvez por conter pormenores que, neste momento, pode não agradar a certa gente e convém manter no segredo. E como sou também um tipo bastante perspicaz, depois de ler as declarações de Paulo Cafôfo, presidente da Câmara do Funchal, acho que sei exactamente aquilo que eles não querem ver revelado por agora...e tomei a liberdade de fazer um "Print Screen" disso...
Paulo Cafôfo, como bom professor e bom politico que é, fez aquilo que qualquer politico português costuma fazer nestas circunstâncias; Decretou 3 dias de luto, sacudiu a água do seu capote e iniciou imediatamente o jogo do do empurra que já foi oportunamente mencionado neste Blog. « Não sei de nada, não vi nada, não ouvi nada, nunca ninguém me deu conhecimento de nada, a árvore não estava sinalizada nem amarrada a cabos, nunca fomos alertados por ninguém, não era um plátano mas sim um carvalho muito verde, jovem, bonito e saudável que aparentava estar em boa forma bebia um chá de camomila todos os dias e fazia diariamente 2 horas de ginásio...». Infelizmente para ele, parece que as coisas irão correr mal desta vez. Na comunicação social já estão a ser divulgados vários documentos enviados pela Junta da freguesia, Protecção Civil e pelo Governo Regional desde 2014 dando conta da potencial ameaça que todas aquelas árvores aparentavam revelar e da necessidade urgente de se criar um plano de acção para anular essa ameaça. Também pudera, se a árvore não estava sinalizada como se explica que estivesse amarrada por cabos de aço? E se a câmara não foi realmente informada de nada como se explica que tenha respondido aos pedidos de limpeza e abate feitos pela Junta (oficio 31656 de 2017), prometendo uma intervenção oportuna caso se justificasse? Quem é que colocou lá os cabos? Teria sido a padroeira da ilha? Teria sido algum milagre?
Acredito sinceramente que a autarquia tenha ido lá ver as coisas de perto e como viram que aquilo ia dar muito trabalho, ou não quiseram assumir os respectivos encargos visto a árvore estar situada dentro de um terreno privado - não deixando de ser porém uma responsabilidade da autarquia -, e como estavam em vésperas de festejar a padroeira da ilha, decidiram colocar lá os cabos e adiar a resolução do problema para depois das festividades. Algo tipicamente Português como podem ver. Mete-se fita cola e pronto...fica como novo...
Como já sugeri no meu post anterior. Nada consegue proteger o ser humano da sua própria burrice.
Na verdade, os plátanos estavam sinalizados, amarrados com cabos... e o que caiu foi um carvalho. Como de costume, a culpa vai morrer solteira...
ResponderEliminarNuma coisa eles podem ter acertado, não era a árvore que estava oca, era a cabeça deles... :))
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